La disección arterial espontánea sucede de modo dramático y con frecuencia es fatal si no se actúa rápidamente. El diagnóstico es sumamente difícil cuando este problema ocurre en sitios inusuales, como la arteria esplénica. En la literatura mundial se han descrito menos de veinte casos.
Caso clínicoEl paciente es un varón de 59 años que acude al servicio de urgencias con dolor epigástrico y retroesternal, vómitos y situación hemodinámica estable al principio. El examen físico no reflejaba datos importantes; el examen abdominal mostraba un edema peripancreático, que se interpretó como pancreatitis aguda. Ingresa en la Unidad de Cuidados Intensivos, y seis horas más tarde, el paciente cae en un franco shock hipovolémico y se interconsulta con cirugía. Se realiza una ecografía abdominal que revela la presencia de gran cantidad de líquido en la cavidad peritoneal. Se efectúa una punción y se extrae sangre fresca que no coagula. Tras una laparotomía de urgencia, se encuentra un gran hemoperitoneo de origen desconocido. El paciente tiene un paro cardiorrespiratorio transoperatorio y fallece, a pesar de los intentos de reanimación. Se revisa la pieza en anatomía patológica y se descubre en el borde superior de la glándula pancreática un aneurisma disecante de la arteria esplénica roto.
ConclusiónEl manejo exitoso de esta entidad depende de un diagnóstico precoz, pues se requieren exámenes especiales, como la angiografía.
Spontaneous arterial dissection occurs in a dramatic fashion and is often fatal if attention is not quickly available. Diagnosis is extremely difficult when this problem happens in unusual sites, such as the splenic artery. Less than 20 cases have been reported in all the literature published throughout the world.
Case reportA 59-year-old male patient who visited the emergency department with epigastric and retrosternal pain and vomiting; he was hemodynamically stable at first. Physical examination did not reflect any important data; an abdominal examination revealed a peripancreatic edema, which was interpreted as acute pancreatitis. The patient was admitted to the Intensive Care Unit and six hours later fell into a clear state of hypovolemic shock; surgery was consulted. An abdominal ultrasound study revealed the presence of a large amount of liquid in the peritoneal cavity, a puncture was performed and fresh blood that did not clot was extracted. An emergency laparotomy showed a large hemoperitoneum of unknown origin. The patient suffered a cardiorespiratory arrest during the operation and died despite attempts to reanimate him. The piece was studied in the pathology lab and a dissecting aneurysm of the ruptured splenic artery was found on the upper edge of the pancreatic gland.
ConclusionsThe successful management of this entity depends on an early diagnosis, as it requires special examinations such as angiography.
A dissecção arterial espontânea ocorre de modo dramático e frequentemente é fatal se não se actuar imediatamente. O diagnóstico é sumamente difícil quando este problema ocorre em locais pouco frequentes, como na artéria esplénica. Na literatura mundial são descritos menos de 20 casos.
Caso clínicoDoente do sexo masculino de 59 anos de idade que recorre ao serviço de urgência com dor epigástrica e retroestrenal, vómitos e hemodinamicamente estável no início. O exame físico não reflectia dados importantes; o exame abdominal mostra um edema peripancreático, que se interpreta como pancreatite aguda. Dá entrada na Unidade de Cuidados Intensivos, e seis horas mais tarde o doente entra em franco choque hipovolémico, pelo que se recorre a consulta com cirurgia. Realiza-se ultrassonografia abdominal que revela a presença de grande quantidade de líquido na cavidade peritoneal, realiza-se uma punção e extrai-se sangue fresco que não coagula. Após laparotomia de urgência, encontrase um grande hemoperitoneu de origem desconhecida. O doente tem uma paragem cardiorespiratória intraoperatória e falece apesar das tentativas de reanimação. A peça é revista em anatomia patológica e descobre-se no bordo superior da glândula pancreática um aneurisma dissecante da artéria esplénica com rutura.
ConclusãoA abordagem bem sucedida desta entidade depende de um diagnóstico precoce, para o qual se requerem exames especiais tais como a angiografia.