El descubrimiento de una patología subyacente de arteria renal, como consecuencia del desarrollo de exploraciones morfológicas poco invasivas, puede suponer en el futuro un incremento de la incidencia de la cirugía extracorpórea renovascular.
ObjetivoRealizar una revisión de nuestra casuística en cirugía ex vivo en aneurismas de arteria renal (AAR) y una evaluación detallada de la sistemática quirúrgica.
Pacientes y métodosEntre 1989-2001 se practicaron en nuestro centro 254 procedimientos quirúrgicos sobre la arteria renal, siete de los cuales correspondieron a resecciones de AAR mediante cirugía extracorpórea (una en el tronco principal, una en la primera bifurcación, tres en la primera rama y dos en la segunda rama). La edad media de los pacientes (tres varones y cuatro mujeres) fue de 56 años. Seis eran hipertensos (2,5 fármacos) y la función renal se conservaba en todos ellos. Se practicó una resección ex vivo de los AAR bajo protección renal mediante frío local y solución de Eurocollins, interponiendo injertos de arteria hipogástrica (cuatro casos), vena safena interna (dos casos), o mixto (vena-PTFE, un caso). El tiempo medio de la isquemia renal fue de 100 minutos. El injerto renal se reimplantó en la arteria ilíaca primitiva (seis casos) o en la aorta (un caso).
ResultadosLa permeabilidad y la supervivencia inmediatas fueron del 100%, y como morbilidad se dieron un derrame pleural y dos hematomas retroperitoneales sin repercusión clínica. La tensión arterial se normalizó en cuatro de los seis pacientes, y en los dos restantes disminuyó la necesidad de hipotensores. La función renal permaneció estable en todos los casos. El seguimiento medio fue de 23 meses (78-2 meses), y se detectó únicamente una oclusión a los 78 meses.
ConclusiónLa reconstrucción renal ex vivo constituye una opción terapéutica excelente para casos seleccionados de enfermedad vasculorrenal, y se asocia a una respuesta clínica muy satisfactoria.
The discovery of an underlying pathology affecting the renal artery, as a consequence of the development of non-invasive morphological explorations, may, in the future, lead to an increase in the incidence of extracorporeal renovascular surgery.
AimsThe purpose of this study was to conduct a survey of our case mix of patients submitted to ex vivo surgery in renal artery aneurysms (RAA) and a detailed evaluation of the surgical system.
Patients and methodsBetween 1989 and 2001, 254 surgical interventions were conducted on the renal artery in our clinic, seven of which corresponded to RAA resections using extracorporeal surgery (one in the main trunk, one in the first bifurcation, three in the first branch and two in the second branch). The average age of patients was 56years (three males, four females). Six were hypertensive (2.5 drugs) and they all maintained renal functioning. An ex vivo resection was performed under renal protection provided by local cold and Eurocollins solution, grafts being inserted from the hypogastric artery (four cases), the internal saphenous vein (two cases), or mixed (vein-PTFE, one case). Average time of the renal ischemia: 100 min. The renal graft was implanted in the primitive iliac artery (six cases) or in the aorta (one case).
ResultsImmediate patency and survival: 100%. Morbidity: one pleural effusion and two retroperitoneal haematomas with no clinical repercussions. Arterial tension became normalized in 4/6 patients, and the need for hypotensive drugs was reduced in the other two. Renal functioning remained stable in all cases. Mean follow-up time was 23 months (78-2 months), and only one occlusion was detected at 78 months.
ConclusionEx vivo renal reconstruction constitutes an excellent therapeutic option for certain cases of renovascular disease, and is associated with a very satisfactory clinical response.
A descoberta de uma patologia subjacente da artéria renal, como consequência do desenvolvimento de explorações morfológicas pouco invasivas, pode supor no futuro um aumento da incidência da cirurgia extra-corpórea renovascular.
ObjectivoRevisão da nossa casuística em cirurgia ex-vivo em aneurismas da artéria renal (AAR) e avaliação detalhada da sistemática cirúrgica.
Doentes e métodosEntre 1989 e 2001 praticaram-se no nosso centro 254 procedimentos cirúrgicos sobre a artéria renal, sete dos quais corresponderam a dissecções de AAR por cirurgia extra-corpórea (uma no tronco principal, uma na primeira bifurcação, três no primeiro ramo e dois no segundo ramo). A idade média dos doentes foi de 56 anos (três homens e quatro mulheres). Seis eram hipertensos (2,5 fármacos) e a função renal conservava-se em todos os doentes. Praticou-se uma dissecção ex-vivo dos AAR sob protecção renal através de frio local e solução de Eurocollins, interpondo enxertos da artéria hipogástrica (quatro casos), veia safena interna (dois casos), ou misto (veia-PTFE, um caso). Tempo médio da isquemia renal: 100 min. O enxerto renal foi reimplantado na artéria ilíaca primitiva (seis casos) ou na aorta (um caso).
ResultadosPermeabilidade e sobrevivência imediatas: 100%. Morbilidade: um derrame pleural e dois hematomas retroperitoneais sem repercussão clínica. A tensão arterial normalizou em 4/6 doentes, e nos restantes diminuíram as necessidades de hipotensores. A função renal permaneceu estável em todos os casos. O seguimento médio foi de 23 meses (78-2 meses), e detectou-se unicamente uma oclusão aos 78 meses.
ConclusãoA reconstrução renal exvivo constitui uma opção terapêutica excelente para casos seleccionados de doença renovascular, e associa-se a uma resposta clínica muito satisfatória.