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Inicio Angiologia e Cirurgia Vascular Síndrome pós‐trombótica – Quando a cirurgia convencional ainda se impõe?
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Vol. 10. Issue 4.
Pages 207-208 (December 2014)
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Vol. 10. Issue 4.
Pages 207-208 (December 2014)
Imagens Vasculares
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Síndrome pós‐trombótica – Quando a cirurgia convencional ainda se impõe?
Post‐thrombotic syndrome – When does the conventional surgery is still required?
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Pedro Amorim
Corresponding author
amorim.pedromiguel@gmail.com

Autor para correspondência.
, Ana Evangelista, Luís Mendes Pedro, José Fernandes e Fernandes
Serviço de Cirurgia Vascular, Hospital de Santa Maria ‐ CHLN, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Centro Académico de Medicina de Lisboa, Lisboa, Portugal
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A trombose venosa profunda dos membros inferiores e a síndrome pós‐trombótica são entidades frequentes. A atitude conservadora com recurso a tratamento médico no primeiro caso e a vigilância com ou sem intervenção cirúrgica do sistema venoso superficial no segundo são, ainda, a regra na prática clínica no nosso país.

Muito embora atentos aos novos avanços dos tratamentos fibrinolíticos e aos avanços que se começam a impor na recanalização endovenosa, casos há em que a melhor, e muitas vezes única, opção é a cirurgia convencional do sistema venoso profundo.

Os autores expõem o caso clínico de um doente com múltiplas cirurgias da coluna lombar em contexto de traumatismo (após acidente de viação em 1999). Numa dessas intervenções houve lesão iatrogénica da veia ilíaca direita e sua laqueação. Situação complicada de trombose venosa profunda do eixo femoro‐ilíaco. Além dessa complicação, há a referir lombalgias crónicas seguidas em consulta da dor desde o acidente e até à data, e infeção crónica por MRSA das vértebras reparadas (motivo, aliás, de algumas das intervenções supracitadas).

Neste momento o doente apresenta clinicamente uma síndrome pós‐trombótica do membro inferior direito caracterizada por um edema crónico, franca claudicação venosa, lesões de lipodermatosclerose da perna e uma vicariação venosa exuberante, não só na perna e coxa, mas principalmente suprapúbica (figs. 1 e 2).

Figura 1.

Aspeto clínico realçando as varizes pélvicas.

(0.08MB).
Figura 2.

Estigmas periféricos de insuficiência venosa crónica secundária a síndrome pós‐trombótica.

(0.1MB).

Ao exame eco‐Doppler, além da confirmação da escassa recanalização do eixo venoso proximal direito, observou‐se a insuficiência e ectasia da vicariação pélvica, bem como do sistema venoso superficial contra‐lateral.

Para melhor esclarecimento do caso e planeamento cirúrgico decidiu‐se pela realização de uma VenoTC – tomografia simultânea à injeção de contraste por veias superficiais de ambos os pés e com uma cinta elástica colocada no doente.

Neste exame são observáveis e realçadas não só a exuberância dos achados descritos bem como a complexidade do caso (figs. 3–5).

Figura 3.

Reconstrução tridimensional da VenoTC. Oclusão da veia ilíaca direita com trombose até à confluência femoro‐profunda, escassamente recanalizada.

(0.11MB).
Figura 4.

Reconstrução tridimensional da VenoTC. Vicariação pélvica exuberante e sobrecarga dos sistemas venosos superficiais bilateralmente.

(0.13MB).
Figura 5.

VenoTC em corte coronal.

(0.07MB).
Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Copyright © 2014. Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular
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