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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #005. O desafio da mordida aberta anterior – a propósito de um caso clínico
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Vol. 57. Issue S1.
Pages 2-3 (December 2016)
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Vol. 57. Issue S1.
Pages 2-3 (December 2016)
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#005. O desafio da mordida aberta anterior – a propósito de um caso clínico
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Ana Sousa*, Jéssica Scherzberg, João Cavaleiro, Sónia Alves
Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
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Introdução: Na má‐oclusão de mordida aberta estão implicadas alterações dentárias, esqueléticas, estéticas e funcionais. Devido à sua etiologia multifatorial, à dificuldade biomecânica e à elevada tendência de recidiva, o seu tratamento torna‐se complexo. Dependendo da etiologia, da gravidade e da idade do paciente, o tipo de tratamento pode ser variável. A estabilidade pode ser comprometida pela influência dos hábitos, pelo que o controlo dos mesmos é necessário para evitar a recidiva.

Descrição do caso clínico: Doente do sexo feminino, 9 anos, dolicofacial, apresentando respiração bucal e deglutição atípica com pressão lingual simples. Do ponto de vista dentário, apresenta uma mordida aberta anterior (overbite ‐3mm), mordida cruzada posterior associada a endognatia maxilar e classe II de Angle. Esqueleticamente, apresenta uma relação basal intermaxilar sagital de classe I e uma relação vertical hiperdivergente. Iniciou tratamento com aparelho removível expansor maxilar e barra lingual para manutenção de espaço na arcada inferior. Aos 11 anos verifica‐se, por falta de colaboração da doente, incompleta resolução do problema transversal e persistência da mordida aberta anterior. Iniciou‐se aparatologia fixa superior e inferior associada a terapia miofuncional com um terapeuta da fala, tendo sido necessário, por falta de colaboração a estas consultas, a colocação de uma grelha lingual fixa. Foi também acompanhada pela otorrinolaringologia, tendo sido submetida a cirurgia para correção de desvio do septo nasal aos 18 anos. O tratamento ortodôntico foi concluído com sucesso e, após remoção da aparatologia fixa, foi efetuada contenção fixa inferior e removível superior, tipo Essix, por forma a prolongar por algum tempo o uso da grelha lingual fixa. São apresentados os registos desde os 9 aos 18 anos.

Discussão e conclusões: A idade em que se intervém neste tipo de má‐oclusão é crítica na determinação do tipo de tratamento necessário. No caso apresentado, o tratamento ortodôntico permitiu a correção da má‐oclusão sem recurso a cirurgia ortognática, tendo‐se verificado estabilidade do tratamento após um ano de contenção. A mordida aberta anterior deve ser corrigida o mais precocemente possível, proporcionando uma terapêutica mais simples e um prognóstico mais favorável. É necessária uma abordagem multidisciplinar (ortodontia, otorrinolaringologia, terapia da fala) para que o tratamento seja efetivo e estável, não sendo suficiente apenas a correção do problema morfológico.

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