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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial C-41. Fibromialgia e Disfunção Temporomandibular
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e57-e58 (October 2013)
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Vol. 54. Issue S1.
Pages e57-e58 (October 2013)
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C-41. Fibromialgia e Disfunção Temporomandibular
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Diana Correia
, Nuno Silva, Nicholas Fernandes, João Mendes
Hospital das Forças Armadas Lisboa
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Introdução: A dor muscular proveniente da Disfunção Temporomandibular (DTM), embora seja considerada uma condição regional, pode estar presente em síndromes dolorosos sistémicos, como a Fibromialgia (FM). Esta apresenta dor crónica generalizada e está associada a fadiga constante e distúrbios do sono. Estima-se que a FM está presente em 2-4% da população, sete vezes mais prevalente em mulheres e segundo a literatura 42-97% apresentam DTM.

Caso Clínico: Doente de 34 anos, sexo feminino, seguida na consulta de Medicina Dentária do Hospital das Forças Armadas, por dor na articulação temporomandibular (ATM) direita e esquerda, cefaleia, otalgia e astenia. Tem antecedentes pessoais de Depressão crónica desde os 17 anos, Hipotiroidismo, com antecedentes familiares de Neurose Obsessiva. Há 7 anos foi diagnosticada Fibromialgia com base nos critérios do Índice de Dor Generalizada (WPI) e Escala de Severidade (SS) estando medicada com Lyrica 50mg/dia e em situações de maior ansiedade 100mg/dia, Eutirox 125mg Climen, Fluoxetina 20mg, Duspatal Retard e Librax. Tendo como base o RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria for Temporo Mandibular Disorders) a doente apresentava dor miofascial por pontos gatilho associada ao músculo masséter, temporal, trapézio e occipital (escala NRS), artralgia na ATM direita e cefaleias de tensão. O Resultado da TAC não mostra alterações nas superfícies ósseas articulares, excluindo-se a hipótese de Doença Degenerativa da articulação. Foi prescrito Diclofenac 50mg 2x/dia, Cloridrato de Ciclobenzaprina 10mg 3x/dia e fisioterapia. Após uma semana de tratamento não apresentava ruídos articulares, otalgia e os valores de dor na escala NRS tinham diminuído em 50%. Após 4 meses de fisioterapia apresentou remissão da dor ao nível da ATM e músculos da face. As cefaleias de tensão diminuíram em intensidade e frequência (uma no último mês).

Discussão e conclusões: Apesar do tratamento da DTM nestes pacientes ser efetuado através dos métodos tradicionais é fundamental o alerta para o diagnostico precoce e a comunicação multidisciplinar para a eficácia terapêutica atempada. Existe evidência de uma relação significativa entre a DTM e a Fibromialgia, no entanto não se sabe se a Fibromialgia é uma das causas da DTM ou se a DTM é uma das suas manifestações clinicas. Sendo assim, o médico dentista deve considerar ambas as patologias durante o seu diagnóstico e tratamento.

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