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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial Uma política de garantia da qualidade
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Vol. 53. Issue 1.
Pages 1-2 (January - March 2012)
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Vol. 53. Issue 1.
Pages 1-2 (January - March 2012)
Editorial
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Uma política de garantia da qualidade
A quality assurance policy
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Duarte Marques
Editor Associado. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxiloficial
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Nesta época de profundas mudanças sociais, em que as constrições económicas, associadas à massificação do número de profissionais de saúde não auguram um futuro próspero, é importante estar atento e reagir a fatores externos de modo a garantir a qualidade dos cuidados de saúde praticados.

A prática de uma política de garantia da qualidade deve ser independente de áreas, funções ou atividades e fundamentada no princípio de que uma cultura norteada pela missão definida pela instituição e baseada nos padrões de excelência internacionais, só pode melhorar os serviços prestados.

Este princípio pode aplicar-se a uma política da qualidade no ensino universitário ou mesmo numa política de gestão da qualidade em saúde. Para isso devem existir objetivos e referenciais os quais no sentido mais lato são comuns a qualquer área.

Derivado do efeito da expansão do ensino superior na década de 80 criou-se a necessidade de implementarem-se sistemas de verificação que garantissem a qualidade dos serviços prestados por cada instituição. Em 2007 com a criação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior surgiu o catalisador necessário e o momento inicial de inércia foi ultrapassado com implementação de sistemas de garantia da qualidade em toda a Academia. Estes sistemas deverão assentar em dois princípios fundamentais: A determinação do objetivo da instituição e a determinação dos referenciais a seguir de modo eliminar os erros/falhas existentes.

Num momento em que o mercado de trabalho se apresenta saturado de profissionais de saúde oral, a carreira docente começa a apresentar-se como uma alternativa aliciante para os jovens mestres que pretendam seguir uma carreira académica. Assim a implementação de uma política da qualidade que vise garantir elevados padrões de excelência do corpo docente e de condições de funcionamento será sempre bem-vinda.

É nossa convicção que a criação de padrões de qualidade no ensino em medicina dentária, com a clara definição de indicadores/referenciais, só poderá beneficiar a classe com uma oferta de melhor qualidade a qual seja definida por padrões de excelência.

Mas convêm frisar que para existir um ensino de excelência tem que existir um investimento que se coadune com a exigência que se pretende implementar, caso contrario apenas estaremos a promover um plano burocrático que em nada poderá melhorar a qualidade da formação ministrada.

A translação destes princípios para o Setor da Saúde em Portugal é imperativa para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados aos doentes/utentes, mas deve ser criteriosa e baseada em padrões de excelência claramente definidos e exequíveis que permitam per si uma melhoria dos processos e uma melhor eficácia na utilização dos recursos e não apenas um entrave para o funcionamento dos pequenos consultórios com normas vinculativas que em nada atestam a uma melhoria dos cuidados de saúde prestados.

Conhecer as necessidades e expectativas de todas as partes envolvidas (órgãos de gestão, profissionais de saúde, doentes/utentes e sociedade entre outros) deve ser o primeiro passo a seguir. Com isso permitir uma análise critica a processos e práticas em vigor, debatendo possibilidades e propondo melhoramentos. Não devemos ter normas impostas por uma entidade externa mas sim sermos os catalisadores do debate e com isso modelar as boas práticas. Só assim poderemos criar um sistema onde todos se revejam e colaborem de modo a prestar um serviço de modo sistemático e consistente, o qual vai de encontro ao pilar fundamental que deve ser a gestão da qualidade em saúde.

Por fim não podia deixar esta oportunidade para realizar um breve balanço da nossa Revista em 2011.

Temos visado contribuir ativamente para a promoção e divulgação de ciência, com a disponibilização online de todos os seus artigos publicados e em vias de publicação. Num ano de transição de editora e de toda uma nova logística, foram submetidos 74 artigos correspondendo a um aumento 32% relativamente ao ano anterior e a duplicação do número comparativamente a 2009. Reduzimos os prazos de avaliação e resposta aos autores a uma média de 28 dias e passamos a disponibilizar a Revista na Science Direct e brevemente na Scopus. O meu sincero agradecimento ao Editor pelo convite em participar neste projeto que cresce de dia para dia e a todos os colegas que o empenho, disponibilidade e colaboração permite que a revista continue a ser uma referência no panorama nacional e esperemos nós brevemente internacional!

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