Um estudo efectuado na cidade de Braga, em Fevereiro de 2008 (pouco tempo depois da entrada em vigor da lei n.° 37/2007 de 14 de Agosto de controlo do tabagismo), no sector da restauração e similares, revelou que há proprietários desses estabelecimentos que permitem que se fume no interior. Este facto levantou o problema de saber qual a concentração de nicotina (indicadora da poluição por fumo do tabaco) presente no ar nesses locais.
Participantes e métodoA qualidade do ar foi avaliada em Março de 2009, em 6 locais de restauração e similares, da cidade de Braga: 2 restaurantes com menos de 100m2 que permitem que se fume no interior; 2 cafés com menos de 100m2 (um café que permite que se fume no interior e outro que proíbe o consumo); um bar nocturno com menos de 100m2 para fumadores e uma discoteca com uma área para fumadores e outra para não fumadores, separadas por uma cortina de ar. A medição da fase de vapor de nicotina no ar foi feita por monitorização activa, através da utilização de monitores, segundo o método aplicado por Hammond1. As partículas (PM 2,5) foram medidas com um medidor Side Pack.
ResultadosA concentração média de nicotina presente no interior dos restaurantes e no café onde é permitido fumar foi de 6,29μg/m3, enquanto que no interior do café onde é proibido fumar foi de 1,1μg/m3. A concentração de nicotina no “bar” apresenta um valor bastante elevado (9,42μg/m3). Na discoteca, a concentração de nicotina é a mais elevada registada em espaços fechados (19,1μg/m3 na área em que é proibido fumar e 10,2μg/m3 na área para fumadores).
ConclusõesOs resultados sugerem que em locais da hotelaria (restaurantes e similares), onde é permitido fumar, há uma elevada contaminação do ar por Fumo Ambiental do Tabaco, à qual estão particularmente expostos os trabalhadores. Mais estudos são necessários para clarificar a situação do consumo de tabaco no sector da restauração.
A study carried out in the city of Braga, in February 2008 (shortly after the entry into force of Law 37/2007 of August 14 of tobacco control), in hospitality venues revealed that there are establishments that allow smoking inside their facilities. This raised the problem of knowing what the concentration of nicotine in the air present in these venues is (an indicator of pollution by tobacco smoke).
Participants and methodsThe air quality was assessed in March 2009, in six hospitality venues, of the city of Braga: two smoke free restaurants under 100m2; two coffees less than 100m2 (a smoke free coffeehouse and another that does not allow consumption); a smoke free night bar with less than 100m2 and a nightclub with a smoking area and a non-smoking room, separated by a curtain of air. Measurement of vapor phase nicotine in air was done by active monitoring, through the use of monitors, using the methodology applied by Hammond1. Particles (PM 2.5) were measured with a Side Pack.
ResultsThe average concentration of nicotine inside the smoke free coffeehouses and restaurants is 6.29mg/m3, while inside the coffeehouses where smoking is not allowed is 1.1mg/m3. The concentration of nicotine in the night bar has a very high value (9.42mg/m3). At the disco, the concentration of nicotine is the highest recorded in enclosed spaces (19.1mg/m3 in the area where smoking is forbidden and 10.2mg/m3 in a smoke free area).
ConclusionsThe results suggest that in the hospitality venues, where smoking is permitted, there is a high air contamination by Environmental Tobacco Smoke, which are particularly exposed workers. More studies are needed to clarify the situation of tobacco consumption in the hospitality sector.