covid
Buscar en
Acta Urológica Portuguesa
Toda la web
Inicio Acta Urológica Portuguesa Reimplantação ureteral em derivações urinárias intestinais – será a lapa...
Información de la revista
Vol. 33. Núm. 1.
Páginas 28-31 (abril 2016)
Compartir
Compartir
Descargar PDF
Más opciones de artículo
Visitas
6536
Vol. 33. Núm. 1.
Páginas 28-31 (abril 2016)
Nota técnica
Open Access
Reimplantação ureteral em derivações urinárias intestinais – será a laparoscopia uma boa opção?
Ureteral reimplantation in urinary diversions: it's the laparoscopy an option?
Visitas
6536
Paulo Motaa,b,c,
Autor para correspondencia
, Emanuel Carvalho‐Diasa,b,c, Nuno Carvalhob, Agostinho Cordeiroa, João Torresa,b, Nuno Moraisa, Giovanni Grimaldia, Carlos Oliveiraa, António Pedro Carvalhoa, Estevão Limaa,b,c
a Departmento de Urologia, Hospital de Braga, Braga, Portugal
b Life and Health Sciences Research Institute, Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho, Braga, Portugal
c Life and Health Sciences Research Institute/3B's ‐ PT Government Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal
Este artículo ha recibido

Under a Creative Commons license
Información del artículo
Resumen
Texto completo
Bibliografía
Descargar PDF
Estadísticas
Figuras (2)
Resumo
Introdução

A estenose ureterointestinal é uma complicação relativamente frequente após derivações urinárias. A correção laparoscópica raramente é usada, embora seja uma opção terapêutica.

Objetivo

Mostrar a técnica cirúrgica, passo a passo, da correção laparoscópica da estenose ureteral/ureterointestinal.

Métodos

Foi apresentado um vídeo de uma correção laparoscópica de uma estenose ureteral distal num paciente submetido a cistectomia radical laparoscópica com confeção neobexiga ortotópica.

Resultados

Foi possível a correção laparoscópica da estenose distal do ureter direito, com bons resultados e sem complicações.

Conclusão

A abordagem laparoscópica mostrou‐se eficaz para o tratamento da estenose ureter/anastomose ureterointestinal e deve ser considerada uma boa opção de tratamento.

Palavras‐chave:
Estenose ureterointestinal
Correção laparoscópica
Derivações urinárias
Estenose ureteral
Abstract
Introduction

The ureterointestinal stenosis is a relatively frequent complication after urinary diversions. The laparoscopic approach is rarely used but stay a therapeutic option.

Purpose

Show the surgical technique, step by step, of the laparoscopic ureteral/ureterointestinal estenosis correction.

Methods

A vídeo of a distal ureteral stenosis laparoscopic correction, on a patient that undergone laparoscopic radical cystectomy with orthotopic neobladder confection, was presented.

Results

It was possible the laparoscopic correction of a distal right ureter estenosis with good results and no complications.

Conclusion

The laparoscopic approach proved effective for treating ureter/ureterointestinal anastomosis stenosis and should be taken as a good option of treatment.

Keywords:
Ureterointestinal stenosis
Laparoscopic correction
Urinary diversions
Ureteral stenosis
Texto completo
Introdução

A cistectomia radical constitui atualmente o tratamento gold standard para o tratamento das neoplasia invasivas e recidivantes de alto risco da bexiga1,2. A morbilidade associada a este procedimento cirúrgico major é elevada, e a estenose ureteral, ou da anastomose, entre o ureter e o intestino é uma complicação relativamente frequente3–5. A abordagem endoscópica constitui uma boa forma de tratamento, embora muitas vezes ineficaz. A cirurgia aberta é uma opção com melhor eficácia, mas está associada também a importante morbilidade6. A abordagem laparoscópica não tem sido muito utilizada pelo facto de estes doentes terem história de cirurgia abdominal prévia (cistectomia radical), o que constitui uma contraindicação relativa e por ser considerada de elevada exigência técnica.

Objetivo

Este trabalho teve como principal objetivo mostrar a abordagem laparoscópica como uma opção exequível e válida no tratamento de estenoses ureterais e ureterointestinais após cistectomia.

Metodologia

Foram realizados 2 procedimentos de reimplantação ureteral laparoscópica. Os doentes tinham sido previamente submetidos a cistectomia radical laparoscópica, com confeção de neobexiga ortotópica. Ambos os doentes desenvolveram uretero‐hidronefrose direita (fig. 1) cerca de um ano após a cistectomia radical, com necessidade de colocação de nefrostomia percutânea temporariamente. Nos 2 casos foi realizada uma tentativa de tratamento endoscópica (dilatação endoscópica anterógrada), mas sem sucesso, tendo sido proposto aos pacientes a realização de uma correção laparoscópica.

Figura 1.

Nesta figura observamos em tomografia a presença de uretero‐hidronefrose direita (A) e a provável localização da estenose (B e C – setas vermelhas). Em D está patente, de forma esquemática, a forma de confeção da neobexiga ortotópica. Em E é visível, de forma esquemática, a provável localização da estenose neste caso clínico particular (setas vermelhas).

(0.2MB).
Resultados

Foram utilizadas 5 portas de laparoscopia, 2 de 10mm e 3 de 5mm, conforme ilustrado na figura 2. A técnica cirúrgica utilizada em ambos casos seguiu os seguintes passos:

  • 1.

    Colocação de portas de laparoscopia.

  • 2.

    Lise de aderências e identificação do ureter direito.

  • 3.

    Identificação da zona estenótica (ureter ou anastomose ureterointestinal).

  • 4.

    Referenciação do ureter da ansa aferente da neobexiga.

  • 5.

    Excisão da área estenótica e preparação da anastomose.

  • 6.

    Colocação de cateter ureteral duplo J.

  • 7.

    Confeção da anastomose (uretero‐ureteral / uretero‐ansa aferente da neobexiga).

  • 8.

    Revisão sistemática da cavidade abdominal e da hemóstase;

  • 9.

    Encerramento das portas de laparoscopia.

Figura 2.

Observamos a posição das 5 portas de laparoscopia. Em A o esquema ilustrativo e em B uma fotografia real.

(0.11MB).

Foi possível a correção cirúrgica (reimplantação do ureter direito na ansa aferente da neobexiga em um dos pacientes e anastomose uretero‐ureteral no outro caso – vídeo apresentado no Congresso da Associação Portuguesa de Urologia 2015). O tempo de cirurgia foi de 180 minutos no primeiro caso e de 200 minutos no segundo. A duração do internamento foi de 6 dias e as nefrostomias foram removidas em ambos os doentes ao fim do primeiro mês. Os cateteres ureterais duplo J foram removidos por cistoscopia flexível, cerca de 4 semanas após os procedimentos. Não se registaram complicações peri e pós‐cirúrgicas. Na reavaliação ao segundo mês após a cirurgia, os pacientes estavam assintomáticos e sem evidência imagiológica de hidronefrose.

Conclusão

A abordagem laparoscópica mostrou ser uma técnica eficaz e segura para o tratamento das estenoses ureterais, ou da anastomose ureterointestinal, em doentes submetidos a cistectomia radical com neobexiga ortotópica, como derivação urinária. A laparoscopia na resolução deste tipo de complicações deve ser levada em conta como opção de tratamento.

Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animais

Os autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca da publicação dos dados de pacientes.

Direito à privacidade e consentimento escrito

Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondência deve estar na posse deste documento.

Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Bibliografia
[1]
J.A. Witjes, E. Compérat, N.C. Cowan, M. De Santis, G. Gakis, N. James, T. Lebrét, A. Sherif, A.G. van der Heijden, M.J. Ribal. MUSCLE‐INVASIVE AND METASTATIC BLADDER CANCER ‐ LIMITED UPDATE march 2015. Guidelines of European Association of Urology 2015.
[2]
M. Babjuk, A. Böhle, M. Burger, E. Compérat, E. Kaasinen, J. Palou, M. Rouprêt, B.W.G. van Rhijn, S. Shariat, R. Sylvester, R. Zigeuner. Guidelines on Non‐muscle‐invasive Bladder Cancer (Ta, T1 and CIS) ‐ limited update March 2015. Guidelines ofEuropean Association of Urology 2015.
[3]
S.J. Raza, T. Wilson, J.O. Peabody, P. Wiklund, D.S. Scherr, A. al-Daghmin, et al.
Long‐term oncologic outcomes following robot‐assisted radical cystectomy: Results from the International Robotic Cystectomy Consortium.
Eur Urol., 68 (2015), pp. 721-728
[4]
M.S. Khan, C. Gan, K. Ahmed, A.F. Ismail, J. Watkins, J.A. Summers, et al.
A single‐centre early phase randomised controlled three‐arm trial of open. Robotic, and laparoscopic radical cystectomy (CORAL).
Eur Urol., (2015),
[5]
L.R. Kavoussi, A.W. Partin, A.C. Novick, C.A. Peters. Campbell‐Walsh Urology 10th Edition 2012, Section XV. Benign and Malignant Bladder Disorders.
[6]
N. Lawrentschuk, R. Colombo, O.W. Hakenberg, S.P. Lerner, W. Mansson, A. Sagalowsky, et al.
Prevention and management of complications following radical cystectomy for bladder cancer.
Eur Urol., 57 (2010), pp. 983-1001

Primeiro prémio Vídeo APU2015.

Copyright © 2016. Associação Portuguesa de Urologia
Descargar PDF
Opciones de artículo
es en pt

¿Es usted profesional sanitario apto para prescribir o dispensar medicamentos?

Are you a health professional able to prescribe or dispense drugs?

Você é um profissional de saúde habilitado a prescrever ou dispensar medicamentos