La Chlamydia pneumoniae se ha relacionado con la enfermedad arteriosclerótica extracraneal, tanto por estudios seroepidemiológicos como histológicos. Realizamos un estudio de casos y controles para determinar la seroprevalencia de infección crónica por C. pneumoniae, y la detección de la bacteria en biopsias arteriales.
Pacientes y métodosEl grupo de casos estuvo formado por 26 pacientes con estenosis carotídea subsidiaria de tratamiento quirúrgico. Los controles fueron 50 individuos sometidos a cirugía de varices. Se ajustaron los grupos por edad, sexo y tabaquismo. De ambos grupos se obtuvieron muestras serológicas, donde se determinaron anticuerpos IgG frente a MOMP de C. pneumoniae por microinmunofluorescencia y ELISA. Se obtuvo biopsia arterial en los casos de placa de ateroma carotídeo y en los controles de la arteria pudenda externa. Sobre las biopsias se realizó reacción en cadena de polimerasa utilizando los primers: HL1, HM1 y HR1. Se midió el nivel de fibrinógeno como marcador de inflamación crónica.
ResultadosLa seroprevalencia de infección crónica por C. pneumoniae por microinmunofluorescencia para IgG>1:32 fue: 69,23% en casos y 24% en controles (OR: 7,12; IC al 95%: 2,4720,48). Por ELISA la seroprevalencia fue: 76,92 en casos y 16% en controles (OR: 17,5; IC al 95%: 5,3557,23). El ADN de C. pneumoniae se detectó en 18 casos (69,23%) y en 6 controles (12%) (p<0,0001, ji al cuadrado). No se pudo establecer correlación entre los resultados serológicos e histológicos. Los nivelesdefibrinógenonomostrarondiferenciasentre los grupos.
ConclusiónNuestros resultados apoyan la hipótesis sobre la participación de C. pneumoniae en la etiopatogenia de la arteriosclerosis cerebral extracraneal.
Chlamydia pneumoniae has relationship with atherosclerosis of carotid artery by seroepidemiological studies and by demonstration of the bacteria in ateromata. We made a case-control study to know the seroprevalence of chronic infection of C. pneumoniae and the presence of the bacteria in arterial biopsies.
Patients and methodsThe cases group was constituted by 26 patients undergoing carotid surgery. In the control group there were 50 patients without atherosclerosis and who underwent shipping of their varicose veins. There were matched for sex, age and smoking. We obtained serum samples to determinate IgG antibodies against MOMP by MIF and ELISA. In the cases group, we got the arterial biopsies from carotid artery, and from pudendal arteries in control group. We determinated chlamydial DNA on the biopsies by heminested PCR (primers: HL1, HM1, HR1). We measured fibrinogen in both groups.
ResultsBy MIF technique, the seroprevalence was (IgG>1:32) 69,23% cases versus 24% controls (OR: 7.12. CI: 2.4720.48).The ELISA showed 76.92% of seropositivity in cases versus 16% in controls (OR: 17.5, CI: 95%:5.3557.23). The DNA of C. pneumoniae was found in 18 cases and 6 controls, (p<0.0001, χ2). We did not find any relationship between fibrinogen levels and groups.
ConclusionWe think that there is a relationship between chronic infection with C. pneumoniae and carotid atherosclerosis.
A Chlamydia pneumoniae foi associada à doença arteriosclerótica extra-craniana, tanto por estudos seroepidemiológicos como histológicos. Realizámos um estudo de caso controlo, para determinar a seroprevalência de infecção crónica por C. pneumoniae, e detectar a bactéria em biopsias arteriais.
Doentes e métodosO grupo de casos era formado por 26 doentes com estenose carotídea necessitando tratamento cirúrgico. O grupo de controlo era constituído de 50 indivíduos submetidos a cirurgia varicosa. Os grupos foram determinados por idade, sexo e tabagismo. De ambos os grupos obtiveram-se amostras serológicas a partir das quais se determinaram os anticorpos IgG contra a MOMP da C. pneumoniae por microimunofluorescência e ELISA. Obteve-se biopsia arterial de placa de ateroma carotídeo, nos casos e nos controlos, da artéria pudenda externa. Nas biopsias realizou-se a reacção de polimerase em cadeia, utilizando os primers: HL-1, HM-1 e HR-1. Utilizou-se o nível de fibrinogénio, como marcador de inflamação crónica.
ResultadosA seroprevalência de infecção crónica por C. pneumoniae pormicroimunofluorescência para IgG>1:32 foi: 69,23% nos casos e 24% nos controlos (OR: 7,12; IC a 95%: 2,47-20,48). Por ELISA, a seroprevalência foi: 76,92 nos casos e de 16% nos controlos (OR: 17,5; IC a 95%: 5,35-57,23). O ADN da C. pneumoniae foi detectado em 18 casos (69,23%) e em 6 controlos (12%) (p<0,0001 Chi quadrado). Não foi possível estabelecer uma correlação entre os resultados serológicos e histológicos. Os níveis de fibrinogénio não evidenciaram diferenças entre os grupos.
ConclusãoOs nossos resultados apoiam a hipótese da participação de C. pneumoniae na etiopatogénese da arteriosclerose cerebral extra-craniana.