Objetivos: Lesões ou acidentes que levam à perda da expressão facial alteram o equilíbrio psíquico e podem prejudicar o convívio social. O objetivo deste estudo foi analisar os movimentos das vibrissas de ratos após a lesão do ramo bucal do nervo facial ser reparada por 2 métodos: a sutura epineural término‐terminal ou o novo selante heterólogo de fibrina, e observar se o uso da terapia por laser de baixa potência influencia esse processo de regeneração.
Materiais e métodos: Foram utilizados 42 ratos machos separados aleatoriamente em um Grupo Controle ([GC] n=10), em que foi coletado o nervo facial sem lesão, e 4 grupos experimentais: Grupo Experimental Sutura (GES) e Grupo Experimental Fibrina (GEF), constituídos por 16 animais, em que o ramo bucal do nervo facial foi seccionado nos 2 lados da face, sendo que no lado direito foi realizada a sutura epineural término‐terminal e no lado esquerdo foi utilizado o selante de fibrina para coaptação das extremidades; Grupo Experimental Sutura Laser (GESL) e Grupo Experimental Fibrina Laser (GEFL), constituídos por 16 animais, em que os animais foram submetidos aos mesmos procedimentos cirúrgicos que GES e GEF, associando‐se à aplicação de laser de baixa potência. Os animais foram submetidos à análise funcional das vibrissas e eutanasiados 5 e 10 semanas pós‐cirurgia para análise histomorfológica dos cotos distais do nervo reparado.
Resultados: Na análise histomorfológica observou‐se o crescimento de axônios, predominantemente mielínicos, para o interior do coto distal do nervo facial em todos os grupos experimentais, com aspecto semelhante às fibras do GC. O GESL e o GEFL apresentaram melhor pontuação na análise funcional das vibrissas em 5 e 10 semanas pós‐cirurgia, quando comparados aos grupos GES e GEF.
Conclusões: Concluiu‐se que as 2 técnicas de reparação permitiram o crescimento dos axônios e que a laserterapia de baixa potência acelerou a recuperação funcional das vibrissas.