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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 31 (diciembre 2015)
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Páginas 31 (diciembre 2015)
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# 13. Diagnóstico e tratamento da reabsorção radicular externa – A propósito de 3 casos clínicos
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Carlos Daniel Franco*, Paulo Monteiro, António de Sousa, Inês Carpinteiro, Ana Cristina Azul, José João Mendes
Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz (CiiEM); Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM)
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Introdução: A perda de tecido duro como resultado de uma atividade clástica é classificada como reabsorção radicular (RR). A RR pode ser interna ou externa. A reabsorção externa é classificada como: reabsorção externa inflamatória (REI), de superfície, de substituição, cervical invasiva (RCI) e transient apical breakdown. As REI e RCI são as mais frequentes e que, por norm,a exigem uma abordagem terapêutica. As principais etiologias da REI são o trauma, a periodontite apical e o tratamento ortodôntico. A RCI tem como etiologias o trauma, o branqueamento interno, o tratamento periodontal e o tratamento ortodôntico.

Descrição do caso clínico: REI por trauma: paciente com história de trauma no dente 21. Após exame clínico e radiográfico, complementado com CBCT, verificou‐se presença de patologia apical e extensa reabsorção externa com envolvimento pulpar, na superfície mesial do dente 11. Diagnóstico: tratamento prévio; periodontite apical crónica; REI. Plano de tratamento: tratamento endodôntico não cirúrgico. Aos 19 meses, verificou‐se estabilização da reabsorção e cura da patologia apical. REI por presença de patologia apical: paciente com sintomatologia dolorosa no dente 36. Após exame clínico e radiográfico, verificou‐se a existência de tumefação associada ao dente 36 e presença de reabsorção radicular externa severa na superfície apical da raíz distal. Diagnóstico: abcesso apical agudo; REI. Plano de tratamento: tratamento endodôntico não cirúrgico. Aos 5 meses, verificou‐se resolução da sintomatologia, estabilização da reabsorção e evidência de cura da patologia apical. RCI: paciente com sintomatologia dolorosa no dente 21. Após exame clínico e radiográfico, complementado com CBCT, verificou‐se a existência de fístula associada ao dente 21 e extensa reabsorção radicular na porção palatina/cervical. Diagnóstico: abcesso apical crónico; RCI. Plano de tratamento: tratamento cirúrgico da reabsorção complementado com tratamento endodôntico não cirúrgico. Aos 10 meses, registou‐se resolução da sintomatologia, estabilização da reabsorção e dos tecidos periodontais.

Discussão e conclusões: A RR é caracterizada pela perda de tecido duro dentário. Quando há um dano na camada protetora de pré dentina ou pré cimento, uma inflamação pulpar ou do periodonto desencadeia um processo de reabsorção devido ao desequilíbrio funcional entre osteoblastos e osteoclastos. Quando diagnosticadas e tratadas atempadamente, as RR têm bom prognóstico. O uso do CBCT é uma importante ferramenta de diagnóstico e planeamento.

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