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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 25. Sinais de alarme da má‐oclusão de Classe III
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Vol. 55. Núm. S1.
Reuniões e Congressos 2014
Páginas e62 (octubre 2014)
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# 25. Sinais de alarme da má‐oclusão de Classe III
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Maria Inês Correia, Ana Rita Carvalho, Margarida Nunes, Eugénio Martins, Afonso Pinhão Ferreira, Mª Cristina Figueiredo Pollmann
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto – Serviço de Ortodontia
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Introdução: A má‐oclusão de Classe III tem etiologia multifatorial, resultante da interação entre a hereditariedade e os fatores ambientais. A sua prevalência é variável e estima‐se que varie entre 1% a 4% nos Caucasianos, 5% a 8% nos Negros e 4% a 14% nos Asiáticos. Apesar da má‐oclusão de Classe III ser facilmente identificada pelos Médicos Dentistas e população em geral, o diagnóstico em dentição temporária é quase sempre ocasional, pois nestas idades a progenia e/ou a mordida cruzada anterior raramente são motivo da consulta. Nesta má oclusão, o conhecimento atual sobre crescimento craniofacial é ainda insuficiente pelo que diagnóstico e o plano de tratamento são desafios acrescidos para o Ortodontista. Também o prognóstico do tratamento precoce é difícil associado a grande variabilidade individual. Existe um desenvolvimento anormal da maxila, em muitos dos casos. É essencial estabelecer a distinção entre a Pseudo‐Classe III e a Classe III esquelética. A ortodontia interceptiva visa melhorar a função, favorecer um crescimento mais equilibrado e minimizar o agravamento. Este trabalho teve por objetivo apresentar um conjunto de sinais clínicos e radiográficos que auxiliem um diagnóstico precoce de uma má‐oclusão de Classe III.

Métodos: Efetuou‐se uma pesquisa bibliográfica na PUBMED usando as palavras chave “Class III malocclusion”, “early Class III diagnosis” e “treatment of Class III malocclusion”. A escolha foi limitada a artigos de língua inglesa, com texto completo e a partir 1980.

Desenvolvimento: O estudo da face dos progenitores ajuda a antevisão do desenvolvimento craniofacial. A assimetria facial, o perfil côncavo e a ausência de sulco lábio‐mentoniano são sinais faciais a considerar. No exame intra‐oral devemos atentar às relações dentárias no sentido sagital, à presença de mordida cruzada anterior e à compensação dento‐alveolar mandibular. Das medidas cefalométricas que merecem atenção destacam‐se o comprimento do ramo mandibular, a deflexão craniana, a inclinação do plano mandibular relativamente ao plano da base craniana, o ângulo goníaco, comprimento da base craniana posterior e o ângulo da sela. Radiograficamente, a morfologia da sínfise mandibular, a posição da fossa glenóide e a forma do côndilo mandibular são também importantes.

Conclusões: O estudo do crescimento craniofacial e o conhecimento/reconhecimento dos sinais de alarme da má‐oclusão de Classe III, facilitam o planeamento individualizado do tratamento e, de algum modo, a previsão da sua estabilidade no tempo, como também, a identificação precoce dos casos com indicação para cirurgia ortognática

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