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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 38-39 (diciembre 2015)
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Páginas 38-39 (diciembre 2015)
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# 4. Tração ortodôntica de um incisivo retido por mesiodens – a propósito de um caso clínico
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Helena Maltez Rodrigues*, Joana C. Silva, Jorge Dias Lopes, António Felino, Joaquim Ramalhão, Maria João Ponces
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
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Introdução: A hiperdontia constitui uma anomalia de aumento do número de dentes. Os dentes supranumerários apresentam uma prevalência de 0,3‐0,8% na dentição decídua e de 0,1‐3,8% na dentição permanente, sendo o sexo masculino 2 vezes mais afetado. A forma mais frequente é o mesiodens e localiza‐se na zona anterior da arcada maxilar. Clinicamente, os dentes supranumerários podem causar vários problemas locais, como a retenção de dentes decíduos, atraso ou mesmo impedimento da erupção de dentes permanentes, erupções ectópicas, deslocamentos dentários, quistos dentígeros e outras alterações que necessitam de intervenção cirúrgica e/ou ortodôntica. A retenção de dentes anteriores – achado comum – pode causar stress psicológico nas crianças em fase de crescimento. Objetivo deste caso clínico passa pelo relato de um paciente com retenção de um incisivo permanente, provocada por um mesiodens, e respetiva abordagem terapêutica.

Descrição do caso clínico: Paciente do género masculino, 7 anos, compareceu a uma consulta médico‐dentária para avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico. Ao exame clínico intraoral, observou‐se ausência do dente 21 e inclinação atípica do 22. Com a finalidade de descobrir a etiologia da ausência do referido dente e de realizar o estudo ortodôntico, solicitou‐se uma ortopantomografia, uma telerradiografia lateral de face e uma radiografia postero‐anterior de face. Complementou‐se o estudo com um status de radiografias retroalveolares. Observou‐se uma imagem radiopaca difusa associada à cora do 21, compatível com mesiodens.

Discussão e conclusões: Após estudo do caso, numa primeira fase, procedeu‐se à extração do mesiodens e à tração ortodôntico‐cirúrgica do dente 22 com aparatologia ortodôntica fixa parcial. Adicionalmente, foi utilizado um disjuntor em leque, visto que o setor anterior da maxila se encontrava comprimido. Numa segunda fase de tratamento foi realizada ortodontia fixa completa. O diagnóstico e intervenção céleres e atempados, assim como a intervenção de uma equipa multidisciplinar, foram imperativos na resolução do caso. No fim do tratamento, os dentes foram completamente alinhados, obteve‐se uma relação de caninos e de molares de classe I e uma oclusão funcional.

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