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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 20 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 20 (diciembre 2016)
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#050. Gengivite ulcerativa necrosante aguda – relato de caso na consulta de odontopediatria
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Maria Beatriz Vilaça*, Carolina Soares, Tatiana Rodrigues Gomes, Tiago Marques, Mariana Seabra, Andreia Figueiredo
Universidade Católica Portuguesa
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Introdução: A gengivite ulcerativa necrosante aguda é uma infeção bacteriana, de caráter sazonal, definida por necrose gengival, sendo o seu diagnóstico maioritariamente clínico. Assim, é possível observar a presença de necrose interdentária, sangramento, odor fétido e formação de pseudomembrana. A nível geral, pode verificar‐se um estado febril, mau estar geral, adenopatias, desidratação e falta de apetite. Ocorre ocasionalmente em crianças entre os 6‐12 anos, sendo mais comum em jovens adultos. A síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser caracteriza‐se por uma aplasia congénita dos 2 terços superiores da vagina, associada a um amplo espectro de anomalias uterinas. Na maioria dos casos, verifica‐se a presença de uma agenesia uterina simétrica ou assimétrica e a ausência completa ou hipoplasia marcada apenas das porções superiores e média da vagina.

Descrição do caso clínico: T. P. S., paciente do género feminino, com 14 anos de idade, portadora da síndrome de Rokitansky, recorre à consulta de odontopediatria, encontrando‐se febril e referindo dor, mau estar geral e queixas álgicas à mastigação. Nega estar a tomar qualquer tipo de medicação. À observação intraoral, é visível placa bacteriana abundante, hiperplasia gengival, com envolvimento interproximal das papilas, as quais apresentam tecido necrótico pseudomembranoso. É notável o intenso hálito fétido. Dado o quadro clínico da paciente, prescreve‐se a associação de amoxicilina ácido clavulânico 875mg/125mg (12‐12h) e metronidazol 250mg (8‐8h), a tomar 8 e 10 dias, respetivamente. Para alívio da sintomatologia, paracetamol 1g e bochecho com clorexidina. É marcada nova para consulta 8 dias depois, para iniciar a fase higiénica. Após 3 semanas, a paciente encontra‐se totalmente recuperada.

Discussão e conclusões: Verifica‐se a eficácia da associação de terapêutica antibiótica, acompanhada de analgésico e de um colutório, como intervenção inicial da patologia em questão. A remoção total do biofilme é imprescindível para o sucesso do tratamento da mesma. O controlo sazonal a posteriori contribui para a inexistência de recidivas ou, caso se confirme o retorno da mesma, para a progressão da patologia.

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