Objetivos: Avaliar: 1) a variação de cor de 2 resinas compostas com o envelhecimento; 2) se o envelhecimento aumenta a sua suscetibilidade à pigmentação; 3) se existem diferenças de comportamento entre resinas compostas nano‐híbridas e micro‐híbridas, resultantes do envelhecimento e da pigmentação.
Materiais e métodos: Foram preparados 40 discos (12x2mm) de 2 resinas compostas fotopolimerizáveis (Enamel Plus HRi e Enamel Plus HFO – Micerium, Avegno, Itália), Para cada tipo de resina os espécimes foram divididos aleatoriamente por 2 grupos (n=10), segundo o processo de envelhecimento: grupo de controlo (GC) (24h) e grupo experimental (GT), submetidos a termociclagem (5.000 ciclos de 30 segundos, entre 5‐55°C). Após esse período, todos os espécimes foram imersos em café (Nespresso «Roma» – Nespresso, Lausanne, Suíça) e mantidos numa estufa a 37°C, durante 72h. A cor foi então avaliada pelo sistema CIELab com um espectrofotómetro. A análise estatística foi efetuada com recurso aos testes t‐ Student e Mann‐Whitney, para um nível de significância de 5%.
Resultados: De acordo com o sistema CIELab, o envelhecimento diminuiu significativamente os valores de L* (p=0,011). Os parâmetros a* e b* variaram sem diferenças estatisticamente significativas (a*: p=0,500; b* p=0,255). No entanto, a variação ΔE* da cor dos espécimes envelhecidos, apesar de superior (13,46 vs. 13,22), não o foi de forma significativa (p=0,675). A resina HRi sofreu uma maior variação de cor, independentemente do envelhecimento (GC: 15,52 vs. GT: 18,32) do que a resina HFO (GC: 10,93 vs. GT: 8,60) (p=0,002 entre GC; p=0,000 entre GT).
Conclusões: Todas as amostras apresentaram variações de cor, com o envelhecimento e com a pigmentação. A resina HRi, nano‐híbrida, sofreu a maior variação, sendo a resina HFO, micro‐híbrida, mais estável. A maior variação ocorreu com a diminuição do valor de L* (brilho).