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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 49 (diciembre 2016)
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#119. Timing na aplicação de um colutório à base de fluor, no esmalte erodido
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M. Gonçalves*, J. Carmo, A. Peixoto, P. Carvalho, C. Ascenso, A.G. Manso
CeFEMA, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa and SINTEF Materials and Chemistry, Oslo, CiiEM, Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz, Egas Moniz Cooperativa de Ensino Superior, Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Egas Moniz Cooperativa de Ensino Superior, C.R.L
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Objetivos: Aplicar um colutório à base de fluor no esmalte erodido, em distintos «timings» de aplicação, comparando a sua microdureza de superfície e analisando microscopicamente a sua superfície.

Materiais e métodos: Quarenta e oito espécimenes de esmalte humano (4x3mm), intactos, livres de cáries e fraturas, foram selecionados aleatoriamente e divididos em 4 grupos: 3 grupos (A‐C), submetidos a um desafio erosivo com Redbull®, de 20 minutos/3xdia, com um intervalo de 2 horas e 40 minutos, durante 7 dias seguidos; um grupo (D) controlo, do esmalte são. Aos grupos A‐C foi aplicado um colutório de fluoreto de estanho e fluoreto de amina (Meridol®) em diferentes tempos: grupo A (n=12), «timing‐antes» do desafio erosivo; grupo B (n=12), «timing‐depois» do desafio erosivo; grupo C (n=12), «timing antes e depois» do desafio erosivo. Grupo D (n=12) esmalte são/não tratado. A cada 10 espécimenes, de cada grupo, foi medida a dureza Vickers recorrendo a um identador HSV‐30® (Shimadzu). A análise estatística dos resultados foi realizada recorrendo ao programa IBM® SPSS® Statistics, versão 24 (teste ANOVA a um fator com um IC de 95% e teste post‐hoc de GamesHowell). Dois espécimenes de cada grupo foram submetidos a uma análise qualitativa da superfície do esmalte por microscopia eletrónica de varrimento.

Resultados: A análise descritiva dos valores médios da dureza de Vickers obtidos para cada grupo (grupo A – 441,98±9,08HV; grupo B – 320,52±13,82HV; grupo C – 469,85±17,98HV; grupo D – 357,58±23,72HV) revela um aumento da microdureza do esmalte quando o colutório foi aplicado «antes e depois» do desafio erosivo (grupo C) e, também, antes desse desafio (grupo A), em comparação com o esmalte são (grupo D). A aplicação do colutório após o desafio erosivo (grupo B) apresentou uma menor microdureza de superfície do esmalte. A análise estatística revelou existirem diferenças significativas entre os vários grupos de estudo (p<0,01 em todos os contrastes). Observam‐se, através de microscopia eletrónica de varrimento, no grupo A e C, regiões de aspeto mais uniforme que correspondem à permanência de matéria orgânica interprismática é à oclusão prismática, devido à presença de fluoreto, respetivamente. No grupo B, é notória uma maior desorganização na orientação dos prismas de esmalte exposto.

Conclusões: A aplicação do colutório Meridol® teve como momento mais favorável o «timing antes‐depois». As imagens obtidas através da microscopia eletrónica de varrimento são compatíveis com os resultados da microdureza.

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