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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 53 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 53 (diciembre 2016)
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#129. Controlo de comportamento odontopediátrico recorrendo à realidade virtual
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David Almeida*, Ana Sofia Coelho, Ana Norton, Ana Paula Macedo, David Casimiro de Andrade, Cristina Areias
Faculdade de Medicina Dentária, Universidade do Porto
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Objetivos: Verificar se a distração visual com vídeos apelativos a crianças, através da utilização de óculos 3D, consegue diminuir os níveis de ansiedade tão típicos em consultas de odontopediatria. É ainda objetivo verificar se é possível aumentar o nível de cooperação durante os tratamentos.

Materiais e métodos: Este estudo incluiu 15 doentes, com idades compreendidas entre os 8‐12 anos, observados na consulta de Odontopediatria da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. No início de cada consulta foi realizado o questionário «Face version of the Modified Child Dental Anxiety Scale», de modo a avaliar o grau de ansiedade de cada doente. Após o questionário, foram realizados os tratamentos com e sem os óculos 3D. Todas as crianças foram sujeitas a 2 tratamentos, sendo que num deles utilizaram óculos 3D e noutro não. A decisão de utilizar ou não os óculos 3D na primeira consulta foi arbitrária para todos os doentes. Os 2 tratamentos de cada criança foram realizados em dias diferentes. No final, com um questionário clínico, comparou‐se o comportamento e o grau de ansiedade após cada uma das situações. Foi ainda aplicado um questionário aos médicos dentistas que realizaram o atendimento das crianças, de forma a avaliar as suas opiniões relativamente à inclusão dos óculos 3D nas consultas de odontopediatra.

Resultados: Os doentes tinham uma média de 9,2 anos, sendo que 53% eram do sexo feminino e 47% do sexo masculino. Em 77,33% das crianças verificou‐se uma melhoria do comportamento e dos níveis de ansiedade com a utilização dos óculos 3D. Adicionalmente, 80% os médicos dentistas não consideraram que o uso dos óculos 3D prejudicasse o atendimento dos doentes, o que torna este método de distração apelativo. Cem por cento dos médicos dentistas que atenderam as crianças enquanto estas utilizavam os óculos 3D consideraram que estes seriam uma mais‐valia para a prática clínica.

Conclusões: A utilização de óculos 3D na consulta de odontopediatria pode favorecer a diminuição do grau de ansiedade, bem como aumentar a cooperação por parte dos doentes. São necessários mais estudos, que incluam amostras maiores, de forma a confirmar os resultados obtidos e a facilitar a integração destes equipamentos nas consultas de odontopediatria.

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