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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial C-3. QUISTO RADICULAR MANDIBULAR – RELATO DE CASO CLÍNICO
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Vol. 53. Núm. S1.
Páginas e19 (enero 2011)
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XXXII CONGRESSO ANUAL DA SPEMDLISBOA, 12 e 13 de outubro de 2012POSTERS CLÍNICOS
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C-3. QUISTO RADICULAR MANDIBULAR – RELATO DE CASO CLÍNICO
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20238
Helena Salgado, Pedro Mesquita
FMDUP – Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
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Introdução: O quisto radicular é o quisto odontogénico de origem inflamatória mais frequente, correspondendo a uma percentagem que varia entre os 52 e os 68% de todos os quistos que podem afetar os maxilares. Este quisto pode-se formar na proximidade da raíz de qualquer dente não vital, no entanto, esta lesão é mais frequente na maxila do que na mandíbula. Em relação ao género, verifica-se que o quisto radicular ocorre com mais frequência nos homens, numa proporção de 3:2. Os indivíduos com idades compreendidas entre os 30 e os 50 anos são mais afetados. Tal como outras lesões do osso maxilar, o quisto radicular tem um crescimento lento, provocando reabsorção do osso circundante e, normalmente, não provoca dores, a não ser que infecione, e nesse caso para além de se tornar doloroso, sofre uma rápida expansão com formação de uma tumefação. Estes quistos têm origem na proliferação dos restos epiteliais de Malassez induzida por substâncias inflamatórias que provêm do tecido pulpar necrótico. Daí que para o diagnóstico de quisto radicular seja necessária a presença de um dente não vital.

Caso Clínico: Um paciente do género masculino, com 38 anos de idade, compareceu à consulta de Medicina Dentária, revelando que, de vez em quando, ocorria a formação de uma tumefação na região posterior inferior do lado direito, que acabava por desaparecer passado alguns dias. Não referiu sintomatologia dolorosa. Após a realização de uma ortopantomografia foi possível verificar a existência de uma lesão radiotranslúcida de grandes dimensões, com início nas raízes do dente 47 que se encontrava desvitalizado e prolongando-se para posterior até à região do ângulo da mandibula. Foi efetuada uma TAC para estudar a proximidade da lesão ao nervo alveolar inferior. O tratamento consistiu na exérese cirúrgica da lesão e do dente 46, seguida de exame anatomopatológico para confirmação do diagnóstico de quisto radicular.

Conclusão: O controlo radiográfico das lesões periapicais associadas a dentes desvitalizados é fundamental para evitar o seu desenvolvimento e desta forma impedir a formação de quistos das dimensões do apresentado neste trabalho. Apesar do quisto radicular ser uma lesão benigna, tem um crescimento silencioso e muito destrutivo para o osso circundante, daí que deva ser tratado logo numa fase inicial do seu desenvolvimento.

Copyright © 2012. Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária
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