Estudar a influência do envelhecimento em ácido cítrico na microdureza Vickers e resistência à flexão de três resinas compostas.
Materiais e métodosForam fabricados 15 espécimes de cada um dos três compósitos microhíbridos estudados (1- Suprafil-R&S, 2- Proclinic-PM, 3- Tetric-EvoCeram). Após fotopolimerização, os espécimes foram aleatoriamente distribuídos por 3 esquemas de envelhecimento (A- imersão em H2O bi-destilada, pH=6,6, durante 10 dias; B- imersão em H2O bi-destilada, pH=6,6, durante as primeiras 24h, seguindo-se 9 ciclos de 6h em ácido cítrico pH=2,5, alternados com 18h em H2O bi-destilada pH=6,6; C- 9 ciclos de imersão durante 6h em ácido cítrico pH=2,5 alternados com 18h em H2O bi-destilada pH=6,6, seguidos de imersão em H2O bi-destilada pH=6,6 durante 24h). Foram assim constituídos 9 grupos experimentais (n=5), em que todos os espécimes sofreram um período total de envelhecimento de 10 dias, a 37°C, após o qual foi realizado o ensaio de microdureza, imediatamente seguido do teste de resistência à flexão. Os valores obtidos foram analisados com ANOVA seguida de testes post-hoc segundo Student-Newman-Keuls.
ResultadosOs espécimes submetidos ao esquema de envelhecimento C e os fabricados com o compósito Proclinic-PM apresentaram valores de microdureza estatisticamente (p<0,05) mais baixos que os restantes. O esquema de envelhecimento não influenciou a resistência à flexão (p=0,42), mas o compósito Suprafil-R&S obteve valores de resistência à flexão estatisticamente mais elevados que os restantes compósitos (p<0,05).
ConclusõesA exposição ao ácido cítrico imediatamente após a fotopolimerização influencia negativamente a microdureza do compósito, mas não tem influência sobre a resistência à flexão.
To evaluate the influence of citric acid aging on the microhardness and flexural strength of three composites resins.
Materials and methods15 specimens of each microhybrid composite resin (1- Suprafil-R&S, 2- Proclinic-PM, 3- Tetric-EvoCeram) were prepared. After light curing specimens were randomly assigned to 3 protocols of aging (A- bi-distilled H2O pH = 6.6, immersion for 10 days; B- immersion for the first 24h in bi-distilled H2O pH = 6.6, followed by 9 cycles of 6h in citric acid pH = 2.5 interchanging with 18h of bi-distilled H2O pH = 6.6; C- immersion for 6h in citric acid pH = 2.5 interchanging with 18h of bi-distilled H2O pH = 6.6, followed by 24h immersion in bi-distilled H2O pH = 6.6). Therefore all the 9 experimental groups (n=5) were submitted to an ageing period of 10 days. The specimens were then submitted to Vickers microhardness test and flexural test. Data were analysed with ANOVA and Student-Newman-Keuls post-hoc test.
ResultsThe scheme of aging C and the Proclinic-PM composite recorded statistically lower microhardness values (p<0,05) than the other. Flexural strength values were not influenced (p=0,42) by the scheme of aging, however Suprafil-R&S composite yielded statistically higher flexural strength values than the other composites (p<0,05).
ConclusionsExposure to citric acid immediately after light curing negatively influences the composite microhardness, but did not affect the flexural strength.
A utilização dos compósitos abrange múltiplas aplicações clínicas em Medicina Dentária, desde restaurações estéticas a restaurações em dentes posteriores, com elevados requisitos mecânicos1,2. No entanto, os materiais de restauração não estão apenas sujeitos ao efeito de cargas mecânicas no meio intra-oral3. Quando colocados em função, encontram-se expostos a um ambiente complexo, caracterizado por fluidos aquosos com diferentes valores de pH e grandes amplitudes térmicas2,4–8.
O mecanismo do desgaste químico dos compósitos tem sido associado à degradação superficial e sub-superficial. Para além de diminuir a dureza e a resistência ao desgaste, contribui para o aumento da rugosidade, promovendo a retenção de placa bacteriana. Desta forma, o risco de aparecimento de cárie secundária poderá aumentar, comprometendo a longevidade da restauração3,5,9,10. Por outro lado, tem sido sugerido que a alteração das propriedades físicas daí resultante provoque a diminuição da resistência mecânica11,12.
O processo de degradação da matriz orgânica está normalmente associado a fenómenos de hidrólise13. A penetração da água no compósito provoca a quebra das cadeias poliméricas da matriz e o contacto da água com as partículas de carga poderá originar a sua dissolução14–17. Como o grau de conversão dos compósitos fotoativados atinge normalmente apenas os 65 a 80%, existe uma quantidade substancial de oligómeros e monómeros que podem sofrer lixiviação no meio oral18–20. Apesar de a libertação dos monómeros não se limitar ao período imediatamente após a fotopolimerização, estima-se que mais de 85% da lixiviação decorra nas primeiras 24horas21. Este facto, poderá ser devido à reação de polimerização não se restringir ao período de tempo em que ocorre a exposição à radiação luminosa22–24. Assim, é importante determinar o efeito da exposição ao meio oral adverso logo após a fotopolimerização ou 24horas após a polimerização.
Vários estudos têm vindo a demonstrar a degradação das resinas compostas quando expostas ao meio oral, mesmo em locais não sujeitos a forças mastigatórias9,11,25,26. No entanto, apesar do potencial adverso que certas bebidas ácidas têm sobre o esmalte e dentina se encontrar relativamente bem estudado, o atual conhecimento do efeito destas substâncias sobre os materiais de restauração, particularmente as resinas compostas, é escasso15,27.
A capacidade resistir à degradação química parece variar de compósito para compósito, sendo influenciada tanto pela natureza, tamanho e percentagem das partículas de carga, como pelo tipo de matriz e grau de conversão13,15,20,28,29. Uma vez que existem disponíveis no mercado, alguns compósitos de marcas próprias, comercializados exclusivamente por grandes distribuidores de material dentário, o clínico é muitas vezes colocado perante o dilema de poder selecionar materiais mais baratos, mas que pouco sabe acerca das suas propriedades.
O objetivo deste estudo foi determinar a influência da imersão em ácido cítrico, e do momento dessa imersão, sobre a microdureza Vickers e a resistência à flexão de três resinas compostas de acordo com as seguintes hipóteses nulas: 1) a exposição a ácido cítrico e o período que decorre desde a fotopolimerização e o momento em que essa exposição é realizada não influenciam a microdureza e a resistência à flexão do compósito; 2) a microdureza e a resistência à flexão não são influenciadas pela resina composta utilizada.
Materiais e métodosForam fabricados 15 espécimes de cada um dos três compósitos avaliados: Suprafil-R&S (Lote 0161687, R&S, Cologne, França), Proclinic-PM (Lote 1747/10177-1, Proclinic SA, Barcelona, Espanha) e Tetric-Evoceram (L13599, Ivoclar-Vivadent, Schaan, Liechtenstein). Os espécimes foram preparados de acordo com a norma ISO 4049 (2000), com as dimensões padronizadas de 2×2×25mm, e polimerizados através de uma matriz de acetato, durante 40 segundos, aplicando o fotopolimerizador Curing Light XL 3000 (3M Dental Products Division, Minesota, EUA), com uma ponta condutora de luz com 8mm de diâmetro, nas 2 superfícies livres, em 3 pontos, de forma a garantir uma polimerização adequada e homogénea da totalidade do espécime. Entre cada amostra, a intensidade do fotopolimerizador (470mW/cm2) foi avaliada com um radiómetro (Modelo 100da Demetron Kerr, Connecticut, CT 06810). Os excessos foram removidos com lâmina de bisturi e polidos com lixa de grão 320, montada numa polidora manual modelo Lunn Major (Struers, Copenhaga, Dinamarca) até o espécime atingir as medidas requeridas. As superfícies livres, que durante a fotopolimerização se encontravam em contacto com as matrizes de acetato não foram polidas. As dimensões dos espécimes foram confirmadas com craveira digital (Digimat Caliper Mitutoyo, Japão).
O envelhecimento dos espécimes foi realizado em dois meios de imersão desenvolvidos com o objetivo de acelerar a sua degradação química. Uma solução aquosa de ácido cítrico a 0,3% com pH=2,5 (C6H8O7.H2O, lote K91379944821, Merck, Darmstadt, Alemanha) e água bi-destilada com pH=6,6. O pH de ambas as soluções foi controlado diariamente com um medidor eletrónico de pH (pH 603, da Metrohm, Herisau, Suíça) seguindo-se um duplo controlo com papel indicador universal (Merck, Darmstadt, Alemanha).
Os 15 espécimes de cada compósito, foram distribuídos aleatoriamente em três subgrupos, de acordo com o método de envelhecimento a que foram submetidos: A) imersão em H2O bi-destilada, pH=6,6, durante 10 dias; B) imersão em H2O bi-destilada, pH=6,6, durante as primeiras 24h, seguindo-se 9 ciclos de 6h em ácido cítrico pH=2,5, alternados com 18h em H2O bi-destilada pH=6,6; C) 9 ciclos de imersão durante 6h em ácido cítrico pH=2,5 alternados com 18h em H2O bi-destilada pH=6,6, seguidos de imersão em H2O bi-destilada pH=6,6 durante 24h (tabela 1). Entre ciclos, os espécimes foram lavados com água destilada a temperatura ambiente, durante 15 segundos antes de serem introduzidos em novos recipientes.
Compósitos e esquemas de envelhecimento para os 9 grupos experimentais (n=5)
Grupo experimental | Compósito | Esquema de envelhecimento | |
1 | Suprafil-R&S | A | H2O pH=6,6; 37°C |
2 | Suprafil-R&S | B | H2O pH=6,6 (primeiras 24h) + 9 ciclos ácido cítrico pH=2,5 (6h)/H2O pH=6,6 (18h); 37°C |
3 | Suprafil-R&S | C | 9 ciclos ácido cítrico pH=2,5 (6h)/H2O pH=6,6 (18h) + H2O pH=6,6 (últimas 24h); 37°C |
4 | Proclinic-PM | A | H2O pH=6,6; 37°C |
5 | Proclinic-PM | B | H2O pH=6,6 (primeiras 24h) + 9 ciclos ácido cítrico pH=2,5 (6h)/H2O pH=6,6 (18h); 37°C |
6 | Proclinic-PM | C | 9 ciclos ácido cítrico pH=2,5 (6h)/H2O pH=6,6 (18h) + H2O pH=6,6 (últimas 24h); 37°C |
7 | Tetric-Evoceram | A | H2O pH=6,6; 37°C |
8 | Tetric-Evoceram | B | H2O pH=6,6 (primeiras 24h) + 9 ciclos ácido cítrico pH=2,5 (6h)/H2O pH=6,6 (18h); 37°C |
9 | Tetric-Evoceram | C | 9 ciclos ácido cítrico pH=2,5 (6h)/H2O pH=6,6 (18h) + H2O pH=6,6 (últimas 24h); 37°C |
Desta forma, foram criados 9 grupos experimentais, de acordo com as diversas combinações possíveis entre os três compósitos testados e os três métodos de envelhecimento avaliados (n=5). Todos os espécimes sofreram um período total de envelhecimento de 10 dias, a 37°C, após o qual foi realizado o ensaio de microdureza, imediatamente seguido do teste de resistência à flexão.
Os valores de microdureza Vickers (HV) foram avaliados com uma carga de 981,2mN, durante 15 segundos (Duramin Struers, Ballerup, Dinamarca). Em cada espécime foram realizadas 3 indentações, utilizando o valor médio das três medições como o valor da microdureza de cada espécime, numa das superfícies livres.
Os testes de resistência a tensões de flexão foram efetuados com uma máquina universal de testes mecânicos Instron (Instron Ltd., Bucks, Inglaterra), com uma célula de carga de 1KN, a uma velocidade de 0,75mm/min. No momento da fratura, foi registada a tensão em MegaPascal (MPa).
A análise estatística foi realizada com recurso ao programa de estatística SPSS 15.0 (SPSS Inc., Chicago, EUA). Os valores de microdureza Vickers e de resistência à flexão foram ainda submetidos a análise de variância fatorial (ANOVA), com duas dimensões, seguindo-se testes post-hoc segundo o método de Student-Newman-Keuls.
ResultadosOs valores médios de microdureza variaram entre 28,92HV (Proclinic-PM/esquema de envelhecimento C) e 40,38HV (Suprafil-R&S/esquema de envelhecimento A) (tabela 2). Foi detetada uma influência estatisticamente significativa tanto do compósito como do esquema de envelhecimento sobre a microdureza Vickers (p<0,001 e p=0,008, respetivamente), não se verificando interação estatisticamente significativa (p=0,145) entre as duas variáveis independentes. O esquema de envelhecimento C apresentou valores médios de microdureza Vickers estatisticamente (p<0,05) inferiores aos restantes (fig. 1). O compósito Proclinic-PM apresentou valores de microdureza estatisticamente (p<0,05) inferiores aos obtidos com o Tetric-Evoceram e o Suprafil-R&S (fig. 2).
Análise descritiva dos valores de microdureza Vickers e resistência à flexão (A- H2O 10 dias; B- H2O 24h + 9 ciclos pH ácido 6h/H2O 18h; C- ácido 24h + 9 ciclos pH ácido 6h/H2O 18h + H2O 24h) (n=5)
Grupo Experimental | Compósitos | Esquema envelhecimento | Microdureza média±desvio padrão (HV) | Resistência à flexão média±desvio padrão (MPa) |
1 | R&S | A | 40,38±1,63 | 109,81±20,32 |
2 | R&S | B | 38,95±3,85 | 109,20±14,38 |
3 | R&S | C | 36,59±1,11 | 106,09±28,64 |
4 | Proclinic | A | 34,65±6,52 | 88,14±11,79 |
5 | Proclinic | B | 30,18±2,54 | 74,00±9,82 |
6 | Proclinic | C | 28,92±1,85 | 77,55±6,51 |
7 | Tetric | A | 36,44±2,55 | 76,72±11,31 |
8 | Tetric | B | 39,44±2,33 | 70,68±8,20 |
9 | Tetric | C | 35,02±2,19 | 74,59±9,76 |
Influência do esquema de envelhecimento sobre a microdureza Vickers (HV). [As colunas representadas sob a mesma linha não apresentam diferenças estatisticamente significativas (p≥0,05)] – [A) H2O 10 dias; B) H2O 24h + 9 ciclos pH ácido 6h/H2O 18h; C) ácido 24h + 9 ciclos pH ácido 6h/H2O 18h + H2O 24h; (n=15)].
Os valores médios de resistência à flexão são apresentados na tabela 2. A resistência à flexão foi influenciada de forma estatisticamente significativa (p<0,001) apenas pelo tipo de compósito. O esquema de envelhecimento não teve influência estatisticamente significativa (p=0,42) sobre os resultados (fig. 3). Não se verificou nenhuma interação (p=0,87) entre as duas variáveis independentes. O compósito Suprafil-R&S apresentou valores estatisticamente superiores (p<0,05) de resistência à flexão relativamente aos outros compósitos (fig. 4).
Influência do esquema de envelhecimento sobre a resistência à flexão (MPa). [As colunas representadas sob a mesma linha não apresentam diferenças estatisticamente significativas (p≥0,05)] – [A) H2O 10 dias; B) H2O 24h + 9 ciclos pH ácido 6h/H2O 18h; C) ácido 24h + 9 ciclos pH ácido 6h/H2O 18h + H2O 24h; (n=15)].
Não se verifica um consenso quanto ao método de exposição ao pH ácido nos estudos anteriormente realizados. Em alguns30,31, essa exposição é realizada de forma continua, noutros32,33 é realizada de forma cíclica. Neste estudo, foram realizados 9 ciclos, com exposição a ácido cítrico (pH=2,5) durante 6 horas, uma vez que tem sido sugerido que um individuo com uma dieta cariogénica se encontra sujeito a aproximadamente 6 horas diárias de ambiente ácido33.
A capacidade de ocorrer polimerização residual das resinas compostas fotopolimerizáveis, por um período de tempo de 24 h após a irradiação luminosa, é amplamente reconhecida23,24,34,35. No entanto, a influência do momento em que existe o primeiro contacto do compósito com o ambiente ácido sobre as suas propriedades mecânicas, ainda não se encontra bem estudada. Estes fatores condicionaram a decisão de avaliar a influência do momento em que ocorre o primeiro contacto do compósito com o ambiente ácido. De acordo com os resultados desta investigação, a imersão imediata originou valores de microdureza inferiores aos obtidos com os outros dois esquemas de envelhecimento testados. A exposição ao meio ácido após o período de polimerização pós-irradiação não teve a mesma influência sobre a degradação da camada superficial do compósito, como ficou provado pela semelhança estatística entre a microdureza registada nos esquemas de envelhecimento A e B.
Por outro lado, no presente estudo a exposição ao ácido cítrico não influenciou a resistência à flexão dos compósitos utilizados. Da mesma forma, num estudo anteriormente realizado, os autores observaram a influência do meio de envelhecimento apenas na microdureza e não na resistência à flexão30. Ao contrário da microdureza que é uma propriedade de superfície, a resistência à flexão parece ser determinada tanto pela superfície como pelo núcleo do material. Uma vez que o mecanismo do desgaste químico tem sido associado à degradação da superfície e sub-superfície do compósito, o período de envelhecimento de 10 dias utilizado poderá não ter sido suficiente para produzir uma alteração química no núcleo dos espécimes3,10,13.
Relativamente aos compósitos utilizados, verificaram-se diferenças, na microdureza e na resistência à flexão, entre eles. O Suprafil-R&S e o Tetric-Evoceram apresentaram valores de microdureza Vickers mais elevados que o Proclinic-PM. No ensaio de resistência à flexão, o Suprafil-R&S apresentou valores mais elevados que os restantes compósitos. Apesar de a informação disponibilizada pelos respetivos fabricantes ser escassa, as disparidades que poderão existir entre a composição química e a percentagem de partículas de carga poderão justificar as diferenças encontradas36.
Apesar dos resultados satisfatórios encontrados nos Suprafil-R&S e no Proclinic-PM existem muitas outras propriedades que determinam o sucesso de um material de restauração em situações clinicas e que devem no futuro ser estudadas.
ConclusõesA exposição ao ácido cítrico imediatamente após a fotopolimerização, sem um período de envelhecimento em água de 24 horas, influencia negativamente a microdureza do compósito, mas não tem influência sobre a resistência à flexão.
Todos os compósitos testados atingiram valores de resistência à flexão clinicamente aceitáveis.
Responsabilidades éticasProteção de pessoas e animaisOs autores declaram que para esta investigação não se realizaram experiências em seres humanos e/ou animais.
Confidencialidade dos dadosOs autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.
Direito à privacidade e consentimento escritoOs autores declaram que não aparecem dados de pacientes neste artigo.
Conflito de interessesOs autores declaram não haver conflito de interesses.
Trabalho desenvolvido no UICOB, unidade I&D n.°4062da FCT.