Objetivos: Avaliar a eficácia e a segurança da aplicação de luz no branqueamento dentário em consultório, de forma imediata pós tratamento, após 2 semanas, 6 meses e 1 ano.
Materiais e métodos: Estudo clínico comparativo split-mouth aberto controlado aleatorizado onde foram selecionados 10 indivíduos (118 dentes) com matiz “A” e com valor igual ou inferior a “A3” determinados pela escala VITAPAN ® classical. Foram testados em cada doente dois grupos de dentes (hemiarcada ântero-superior e inferior direita ou esquerda), sendo um submetido ao branqueamento com gel de peróxido de hidrogénio a 35% (HP) utilizando uma lâmpada de halogénio (G1) e outro apenas com gel (G2). Foram registadas a redução de cor, a presença de sensibilidade dentária e lesões gengivais.
Resultados: Não foram verificadas diferenças significativas entre o G1 e G2 relativamente à eficácia, em nenhum período (imediatamente após: p=0,61; 2 semanas: p=0,83; 6 meses: p=0,96 e 1 ano: p=0,88, teste t-Student). Após um ano observaram-se diferenças relativamente aos restantes períodos (G1: p=0,03; G2: p=0,04, teste ANOVA one way (medidas repetidas) Post-hoc LSD). Os valores de sensibilidade não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, durante o tratamento (p=0,26, teste t-Student) e até 24 horas após (p=0,82, teste t-Student). As lesões gengivais ocorreram em ambos os grupos mas sem diferenças significativas (p=1, teste exacto de Fisher).
Conclusões: O PH a 35% foi eficaz no branqueamento porém a luz testada não aumentou a sua eficácia. A sensibilidade e a presença de lesões gengivais foram os efeitos secundários registados contudo totalmente reversíveis. 90% dos doentes ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos.