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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e12-e13 (octubre 2013)
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I-27. Avaliação do esmalte humano sujeito a branqueamento e a uma bebida ácida – estudo piloto
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Cristiana Martins
, João Carlos Ramos, António Mata, Ana Chambino, Alexandra Vinagre
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC-MD), Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL)
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Objetivos: O objetivo deste estudo piloto in vitro foi avaliar o efeito de um produto de branqueamento e de uma bebida ácida na morfologia superficial do esmalte humano.

Materiais e métodos: Utilizaram-se 30 amostras de esmalte, obtidas a partir de secções mesio-distais de molares humanos, que foram divididas aleatoriamente em 4 grupos: 8 amostras para imersão na bebida ácida (Grupo I); 8 para a aplicação do produto de branqueamento (Grupo II); 8 para aplicação combinada da bebida ácida e do tratamento de branqueamento (Grupo III); e 6 para imersão em saliva artificial (Grupo IV – grupo de controle). Para o estudo foi usado como produto de branqueamento o peróxido de carbamida a 15% Opalescence® PF TM (Ultradent Products Inc., Salt Lake City, UT, USA) e a bebida ácida foi o Red Bull® (Red Bull GmbH, Fuschl am See, Austria). As amostras foram sujeitas a um protocolo rigoroso de aplicação dos produtos durante duas semanas, sendo que nos períodos intermédios à aplicação diária dos mesmos foram armazenadas em saliva artificial a 37°C mudada diariamente. A análise da rugosidade superficial do esmalte foi efetuada com recurso a perfilometria a LASER e os resultados foram analisados estatisticamente com Teste de T para amostras emparelhadas, Teste Kruskal-Wallis e ANOVA de medidas repetidas. A ultramorfologia da superfície do esmalte foi avaliada através da microscopia eletrónica de varrimento e foi efetuada análise química superfície das amostras por espectroscopia de raios X por dispersão em energia.

Resultados: Para todos os grupos, a análise de perfilometria não demonstrou diferenças estatisticamente significativas na rugosidade superficial do esmalte antes e depois dos protocolos de aplicação testados. No entanto, a microscopia eletrónica de varrimento e a análise química das amostras revelaram alterações relevantes no esmalte.

Conclusões: Apesar da metodologia utilizada não ter permitido demonstrar, em termos quantitativos, a presença de alterações significativas na rugosidade do esmalte após exposição aos agentes erosivos, a análise qualitativa permitiu observar que o protocolo experimental pode induzir alterações significativas na superfície do mesmo. A metodologia usada no estudo deverá ser optimizada, nomeadamente no que diz respeito aos parâmetros técnicos utilizados para a medição da rugosidade por este método bem como na pré-preparação das amostras.

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