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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e14 (octubre 2013)
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e14 (octubre 2013)
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I-30. Proteções pulpares diretas com MTA e sistemas adesivos: estudo clínico retrospetivo
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Sara Malva
, João Carlos Ramos, Alexandra Vinagre, Ana Messias, Ana Luísa Costa
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC-MD)
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Objetivos: O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospetivo para avaliar o sucesso a longo prazo das proteções pulpares diretas realizadas com cimentos de agregado trióxido de minerais (MTA) ou sistemas adesivos nos dentes permanentes.

Materiais e métodos: Trinta e cinco proteções pulpares diretas foram selecionadas e observadas neste estudo, de um total de 104 casos clínicos, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: proteções pulpares diretas realizadas com MTA ou sistemas adesivos por dois operadores, com mínimo de 12 meses, em dentes que não apresentavam sinais ou sintomas de patologia pulpar irreversível e que obtiveram uma hemostase adequada para se proceder à colocação do material de proteção pulpar e restaurador, cujos pacientes apresentavam um bom estado de saúde oral e sistémica, assinaram o consentimento informado, e sobre os quais se encontrava disponível informação sobre o tratamento efetuado. Os critérios de avaliação clínica das proteções pulpares foram executados com base nos critérios de avaliação da World Dental Federation, tendo sido complementados com alguns parâmetros considerados importantes na avaliação deste tipo de tratamentos.

Resultados: A taxa de sobrevivência global foi de 94,4%, 88,2% e 70,2% aos 12 meses, 60 meses e 120 meses, respetivamente. Os casos de insucesso registaram um tempo médio de sobrevivência de 63,8±47,9 meses. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas respeitantes ao material, sendo que o cimento de agregado trióxido de minerais mostrou um melhor desempenho em relação aos adesivos (p=0,011). Foram também analisados fatores relativos à etiologia da exposição, a idade do paciente, os sintomas pré-operatórios, contaminação durante o procedimento e a hemorragia pulpar. Nenhum destes fatores se mostrou determinante para o insucesso do tratamento (p>0,05 para todos os fatores).

Conclusões: Apesar das limitações inerentes ao estudo devido ao número de casos observados e ao número de variáveis, as proteções pulpares demonstraram ser um tratamento com resultados favoráveis a longo prazo. Os cimentos de agregado de trióxido de minerais parecem ter uma melhor eficácia em relação aos sistemas adesivos como material de proteção pulpar direta.

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