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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e18 (octubre 2013)
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Vol. 54. Núm. S1.
Páginas e18 (octubre 2013)
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I-40. Saúde oral e reabilitação protética numa amostra de idosos institucionalizados
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Joana Cunha
, Nélio Jorge Veiga, Jorge Leitao, André Correia
Departamento de Ciencias da Saude Universidade Catolica Portuguesa (UCP)
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Objetivos: A perda dentária e as suas consequências continuam a ser uma realidade na população geriátrica institucionalizada. As características peculiares desta população geriátrica muitas vezes limitam as opções de tratamento de reabilitação oral às próteses removíveis. O objectivo deste estudo consistiu na avalição do estado de saúde oral e da reabilitação protética numa amostra de idosos institucionalizados.

Materiais e métodos: Realizou-se um estudo epidemiológico observacional transversal em idosos institucionalizados numa amostra de 445 indivíduos (70,1% do sexo feminino) com uma idade média de 82,27±8,46 anos. A recolha de dados referente a aspectos sócio-demográficos e hábitos de higiene oral foi efectuada através da aplicação de um questionário. Foi realizado uma observação intra-oral para avaliação do estado de saúde oral e da reabilitação protética actual. Para a análise das variáveis contínuas utilizámos medidas de tendência central (média) e medidas de dispersão (desvio padrão). As prevalências foram apresentadas em proporções sendo utilizado o teste do Qui-quadrado para comparação de proporções, para um nível de significância de 5% (p=0,05).

Resultados: No nosso estudo, encontrámos uma média de 21,70±7,87 dentes perdidos. Observámos diferenças estatisticamente significativas entre o número de dentes perdidos e o género feminino (p=0,002), entre a frequência de higienização das próteses e a presença de restos alimentares existentes nas mesmas (p=0,022), e entre o uso contínuo da prótese e a presença de lesões associadas à mesma (p<0,01). A desdentação tipo I de Kennedy foi a mais prevalente em ambos os maxilares. Encontrámos maior prevalência de desdentados parciais sem próteses, 38,7% na maxila e 42% na mandíbula. Existe uma considerável percentagem de participantes que utilizam a mesma prótese há mais de 20 anos. As próteses maxilares apresentam boa estabilidade e retenção, e o inverso se verifica nas mandibulares.

Conclusões: Ainda que sejam necessários mais estudos, com amostras mais representativas e probabilísticas, verificámos que os idosos institucionalizados apresentam perdas dentárias graves que, em diversos casos, não se encontram reabilitada proteticamente. Verificaram-se ainda grandes carências de informação sobre saúde oral e higiene e manutenção da sua reabilitação protética.

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