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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 62 (diciembre 2016)
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RESUMOS DE COMUNICAÇÕES LIVRES
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SPODF#1. Tratamento ortodôntico versus tratamento ortodôntico‐cirúrgico‐ortognático na má oclusão classe II – revisão narrativa
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2209
Rita Raposo*, Teresa Pinho
Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS), CESPU, Instituto de Investigação e Formação Avançada em Ciências e Tecnologias da Saúde (IINFACTS)
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Introdução: No tratamento da má oclusão classe II esquelética por deficiência mandibular, a abordagem selecionada depende de se o paciente está em fase de crescimento, onde se opta preferencialmente pela modificação deste, ou se por outro lado já finalizou o crescimento e tem de se ponderar outra abordagem, nomeadamente a camuflagem ortodôntica ou o tratamento ortodôntico‐cirúrgico‐ortognático (TOCO). Na camuflagem ortodôntica procede‐se a uma compensação dentária, de modo a mascarar a deformidade esquelética subjacente, enquanto no TOCO pretende‐se a correção da própria deformidade esquelética, necessitando na fase ortodôntico pré‐cirúrgica de proceder à descompensação dentária, embora possam existir exceções. Esta revisão narrativa tem como objetivo verificar se existem na literatura normas de orientação clínica relativamente a esta temática, com foco nos sinais faciais, radiográficos e cefalométricos que permitem a tomada de decisão.

Métodos: Pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed/MEDLINE, com as palavras‐chave: «má oclusão classe II», «tratamento», «cirurgia ortognática», «camuflagem», «ortodontia». Apenas foram considerados artigos em língua portuguesa e inglesa, publicados nos últimos 15 anos.

Resultados: No tratamento da má oclusão classe II em pacientes adultos existe consenso sobre qual será a abordagem mais adequada apenas nos extremos, isto é, numa classe II moderada será idealmente efetuada camuflagem ortodôntica, enquanto numa classe II muito severa opta‐se preferencialmente por TOCO. O principal problema surge nos pacientes limite, cuja severidade da má oclusão não nos permite distinguir inequivocamente qual será a melhor abordagem.

Conclusões: Embora já diversos estudos tenham comparado estes 2 tratamentos, não existem na literatura normas de orientação clínica relativamente a esta temática, sendo necessários mais estudos clínicos randomizados.

Implicações clínicas: A seleção da abordagem de tratamento mais adequada deve ter em consideração fatores objetivos avaliados pelo ortodontista e fatores subjetivos valorizados pelo paciente.

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