É com satisfação que se assiste ao crescente reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido pela comunidade científica, em geral, e pelos investigadores nas diversas áreas da medicina dentária e da estomatologia, em particular. A atividade clínica e o trabalho de investigação, de elevada qualidade, que se pratica em Portugal tem permitido a publicação de um número crescente de artigos científicos nas revista mais conceituadas da especialidade. Um dos principais objetivos de quem publica os seus trabalhos é garantir que estes se tornem conhecidos da comunidade científica contribuindo, desta forma, para a evolução do conhecimento e para a melhoria dos cuidados de saúde prestado à comunidade. A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) tem feito um esforço neste sentido ao longo dos últimos anos. A estratégia seguida para a internacionalização da Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, órgão oficial da SPEMD, tem permitido o aumento da visibilidade dos trabalhos que nela são publicados. Tal facto tem‐se traduzido num maior número e numa maior qualidade dos trabalhos submetidos para publicação. De facto, esta revista é atualmente a única revista portuguesa da área da saúde oral indexada e cujos artigos e resumos de congressos publicados são pesquisáveis em importantes motores de pesquisa especializados e bases de dados internacionais, como a ScienceDirect, Scopus, Google Scholar e CrossRef.
No entanto, consciente do trabalho que ainda há a fazer, a SPEMD tem, por diversas vezes ao longo dos últimos anos, lançado o repto a outras sociedades científicas da área da saúde oral para se juntarem no esforço de dotar esta revista de meios para poder elevar a divulgação das atividades clínica e de investigação que se praticam entre nós. É com dupla satisfação que podemos anunciar o entendimento que foi conseguido entre a SPEMD e 2 sociedades científicas de referência, a Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) e a Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento‐Facial (SPODF). Trata‐se de um processo em que todos os envolvidos mantêm a sua estrutura organizativa e independência científica, mas passam a adotar a Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial como seu órgão oficial, a partir do presente número. Estamos certos que este trabalho de cooperação institucional, que é estendido a outras atividades, será uma enorme mais‐valia tanto para as sociedades envolvidas como para a Medicina Dentária portuguesa em geral. Talvez outras sociedades se possam associar a este projeto num futuro próximo.