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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 12. Saúde Oral em doentes com Esclerose Múltipla ‐ um estudo piloto
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Vol. 55. Núm. S1.
Reuniões e Congressos 2014
Páginas e6 (octubre 2014)
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# 12. Saúde Oral em doentes com Esclerose Múltipla ‐ um estudo piloto
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Daniela Salgado*, Maria de Lurdes Lobo Pereira, Isabel Cristina Gonçalves Roçadas Pires
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
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Objetivos: A Esclerose Múltipla é uma doença desmielinizante inflamatória crónica. Afeta o sistema nervoso central e tem vários sintomas associados à região orofacial. Estudos mostraram a relação da doença com maior prevalência de cáries e outros problemas orais. Este estudo teve como objetivos conhecer e caraterizar a saúde oral, hábitos de higiene e principais problemas orais destes doentes.

Materiais e métodos: A avaliação foi realizada no Centro Hospitalar São João. Foram excluídos indivíduos menores de 18 anos ou totalmente desdentados. Foi aplicado um questionário para caraterizar o participante e conhecer os hábitos e problemas de saúde oral, um exame intra‐oral, aplicando‐se os Índices de higiene oral de Löe and Silness e de dentes Cariados, Perdidos e Obturados e avaliação de sinais clínicos de xerostomia. Foi registado o tipo de terapêutica e o tipo de Esclerose Múltipla diagnosticada.

Resultados: Foram avaliados 10 participantes. A maioria realizava duas escovagens diárias, usava escova manual e visitava o médico dentista anualmente. Para 20% a sua saúde oral piorou, 20% sentiu dificuldades na higienização e 10% não conseguia fazê‐lo sem ajuda. O aconselhamento em relação à saúde oral foi recebido por 10% dos participantes.

Conclusões: A debilidade do paciente deve ser tida em conta. A deterioração da saúde oral pode dever‐se à perda de capacidade higienização. A frequência de escovagem parece boa, mas metade dos indivíduos têm um valor de índice de placa acima do desejado, podendo a capacidade de higienização estar comprometida. Devem ser aplicadas medidas preventivas como visitas regulares ao médico dentista, uso de flúor, colutórios com clorohexidina e uso de equipamentos de higiene adequados. Os efeitos secundários da terapêutica devem ser controlados, em especial a xerostomia e candidíase oral. Devido ao grande leque de sintomas, o médico dentista deverá ter em conta as capacidades e incapacidades de cada doente e dar instruções de higiene oral ajustadas às mesmas.

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