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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 55. Núm. S1.
Reuniões e Congressos 2014
Páginas e8-e9 (octubre 2014)
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Páginas e8-e9 (octubre 2014)
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# 17. Análise da porosidade, resistência mecânica e desgaste de materiais restauradores diretos
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Daniela Santos Rodrigues*, Mihaela Buciumeanu, Bruno Henriques, Julio C.M. Souza, Filipe S. Silva
Universidade do Minho; Universidade Fernando Pessoa; “Dunarea de Jos” University of Galati
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Objetivos: O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da porosidade, microestrutura e composição química nos mecanismos de desgaste e resistência à compressão de cimentos de ionómero de vidro restauradores e resinas compostas.

Materiais e métodos: Foi realizado um estudo experimental in vitro com amostras cilíndricas (6 x 4mm) de três materiais restauradores diretos: 1) ionómero de vidro convencional (Ionofil®Molar, VOCO, Alemanha); 2) ionómero de vidro modificado por resina (Vitremer™, 3M, ESPE, EUA); 3) resina composta nanohíbrida (Grandio®SO, VOCO, Alemanha). Foi feita a análise da porosidade por microscopia óptica e microscopia electrónica de varrimento (SEM); a análise microestrutural foi feita por SEM. A resistência mecânica foi mensurada por testes de compressão axial com velocidade de 1mm/min. Por fim, grupos de amostras foram utilizadas para testes de desgaste sob força axial de 20N, deslocamento horizontal de 2,5mm, a uma frequência de 1Hz, durante 90min em solução de saliva artificial a 37°C. Os parâmetros utilizados para analisar o desgaste dos materiais foram a área e a profundidade de desgaste. Os resultados foram analisados estatisticamente por meio da análise de Variância (ANOVA) one‐way (p<0,05) seguida do teste de comparações múltiplas de Tukey.

Resultados: A resina composta exibiu significativamente menor taxa de porosidade e não apresentou fissuras na sua microestrutura. Em relação à resistência mecânica foram reportados valores de resistência à compressão axial significativamente mais elevados para a resina composta (334±15,9MPa) quando comparado ao ionómero de vidro convencional (78,78±13,30MPa) e modificado por resina (169,50±20,98MPa). O ionómero de vidro convencional foi o material que apresentou significativamente maior profundidade de desgaste, seguido do ionómero modificado por resina. Por meio da microscopia eletrónica de varrimento foi possível visualizar que os ionómeros de vidro possuem um padrão de desgaste uniforme, em oposição à resina composta onde se verificaram perdas pontuais de material.

Conclusões: A partir dos resultados obtidos e atentos às limitações deste trabalho, poderemos considerar que a presença de poros e fissuras mostra influenciar negativamente a resistência à compressão e ao desgaste. Neste estudo os ionómeros de vidro revelaram piores propriedades físico‐mecânicas, necessitando ainda de mais desenvolvimento para obterem um melhor comportamento na cavidade oral.

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