Descrição do caso clínico: Paciente do género masculino, 14 anos de idade, diagnosticado com acondroplasia, compareceu na consulta de oclusão, após ser reencaminhado pela consulta de ortodontia para avaliação de DTM. Utiliza disjuntor com aumentos de mordida nos primeiros pré‐molares superiores. Apresenta desvio da linha média, esquelético e funcional, de origem maxilar, para a esquerda e de 2mm, mordida cruzada do 12/4.2 e 4.3 e do 2.2/3.3 e apresenta classe III molar e canina bilateral. O exame à ATM revelou estalido no terço inicial de abertura, lado esquerdo, e no último terço do movimento final de fecho, em ambos os lados (estalo recíproco). Além disso, na lateralidade direita ocorreu um estalido do lado esquerdo e em lateralidade esquerda ocorreu estalido bilateral. Não há sintomatologia álgica articular ou muscular. O desvio não é corrigido em relação cêntrica, mas há uma pequena correção (1mm) em máxima abertura. Como não existiam causas aparentes para os estalidos articulares, realizou‐se o Tek‐Scan para identificar a possível existência de contactos prematuros, forças oclusais elevadas e verificar as relações oclusais.
Discussão e conclusões: Na análise dos dados obtidos com o Tek‐Scan, concluiu‐se que existe uma predominância das forças oclusais do lado direito (75,5%), principalmente no dente 1.2 e, além disso, uma assimetria na distribuição dos contactos (mais no lado direito). O prognóstico deste caso é favorável, caso o paciente continue o tratamento ortodôntico.
Não foram encontrados na literatura estudos que relatem a relação de DTM com a acondroplasia. O paciente deverá continuar o tratamento ortodôntico será novamente avaliado na consulta de oclusão.