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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 17. Prótese maxilar overlay, a propósito de um caso clínico
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 33 (diciembre 2015)
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# 17. Prótese maxilar overlay, a propósito de um caso clínico
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Ana Filipa Santos Martins*, Pedro Nicolau, Nuno M.G. Escarameia Calha, Rita Reis, Maria João Rodrigues, Avelino Santos
Laboratório Técnico Dentário; Área de Medicina Dentária, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
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Introdução: O desgaste dentário pode ser fisiológico ou patológico. Considera‐se patológico quando é acelerado por fatores endógenos ou exógenos, e o seu grau excede o nível esperado para um indivíduo de determinada idade. Alteração dos planos oclusais, patologia pulpar e da ATM, compromisso estético e funcional e perda de dimensão vertical de oclusão (DVO) são consequências. Na reabilitação de doentes com perda de DVO esta deve ser recuperada, por forma a não comprometer estética e função. As opções disponíveis para a reabilitação destes casos são, preferencialmente, da área da prótese fixa. No entanto, esta solução não se adequa a todos os doentes. A prótese overlay é um tipo de prótese parcial removível (PPR), que recobre o remanescente de dentes com abrasão severa. São suas vantagens a diminuição de custos e os procedimentos minimamente invasivos. Pode ser usada como prótese de transição ou definitiva. O objetivo deste trabalho foi mostrar a sequência da reabilitação oral de um doente, com recurso a PPR do tipo overlay.

Descrição do caso clínico: Doente do sexo masculino, 58 anos, aposentado, sem patologia/medicação, bruxómano, com perda de DVO e desdentado parcial bimaxilar (Cl I mand. e Cl II mod.1 max. de Kennedy). Nunca usou prótese. Apresentou constrangimentos económicos para soluções fixas. Pretendia manter os dentes existentes. Previamente à reabilitação definitiva existiu um período de transição (setembro 2014 – fevereiro 2015), no qual se testaram provisoriamente, através de goteiras oclusais e mock‐up a partir de enceramento de diagnóstico, todas as modificações estéticas e funcionais finais.

Discussão e conclusões: Overlays são uma boa opção em casos de doentes com forte abrasão dentária, acompanhado de perda de DVO, com limitações médicas e/ou económicas. Como em todas as reabilitações protéticas, e para uma maior longevidade das mesmas, este tipo não prescinde de um esquema de consultas de controlo periódicas para avaliação do estado das próteses, dos dentes, da oclusão, das estruturas de suporte e funcionais e dos níveis de higiene oral e protética. Estes doentes devem ainda ser incentivados ao descanso da prótese durante o sono e à utilização de goteira oclusal de relaxamento em sua vez, minimizando assim os efeitos das cargas excessivas e do uso protético continuado. Para além dos cuidados higiénicos orais e protéticos básicos, os doentes portadores de próteses overlays devem ser motivados a tomar medidas adicionais no que toca à prevenção da cárie dentária.

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