Objetivos: Avaliar in vitro a fluorescência de 2 resinas compostas, frequentemente usadas na prática clínica, antes e após a imersão em soluções pigmentantes.
Materiais e métodos: Foram confecionados, a partir de 2 resinas compostas fotopolimerizáveis, uma nanoparticulada (FiltekTM Supreme XTE A3B [3M ESPE – Minnesota, EUA]) e uma híbrida (FiltekTM Z250 A3 [3M ESPE – Minnesota, EUA]), 10 discos de cada uma (10mm de diâmetro e 2mm de espessura), através de um molde metálico padronizado. Todos os discos sofreram um corte de 2mm no seu diâmetro, seguindo‐se o seu polimento. Oito discos foram imersos em saliva artificial de pH=5,525 (Laboratório ISCSEM, Monte da Caparica, Portugal) durante 24 horas e, posteriormente, durante 72 horas nas respetivas soluções pigmentantes: água destilada, vinho tinto («Vale da Poupa Douro», Favaios, Portugal), café («Nespresso Volluto», Lausanne, Suíça) e black vodka («Eristoff Black», Bacardi Global Brands, Inglaterra, Reino Unido). Dois discos não foram imersos. Os gráficos de fluorescência para cada disco foram obtidos a partir de um espectrofluorímetro (IST, Lisboa, Portugal), e os dados foram tratados através de uma análise qualitativa e interpretativa.
Resultados: A exposição dos discos de resina composta aos fluídos pigmentantes diminuiu, de forma significativa, a intensidade de fluorescência por eles inicialmente emitida. A alteração de fluorescência mais acentuada verificou‐se no FiltekTM Supreme XTE A3B, sob a ação do vinho tinto, e a menos acentuada no FiltekTM Z250 A3, sob a ação da água destilada. A solução que demonstrou causar mais alterações foi o vinho tinto e a que provocou menos alterações foi a água destilada.
Conclusões: As 2 resinas compostas sofreram diferentes alterações de fluorescência, perante os diferentes agentes pigmentantes, sendo esta alteração dependente da natureza da matriz orgânica, partículas de carga e do tipo de agente pigmentante.