Objetivos: Na prática clínica diária, os testes de diagnóstico mais frequentemente utilizados são os de sensibilidade e os exames radiográficos, para se realizar o diagnóstico pulpar e periapical. Contudo, por vezes, estes são insuficientes. Assim, este trabalho tem como objetivo utilizar um sensor de deteção de vitalidade pulpar baseado na oximetria de pulso, como auxílio no diagnóstico da patologia pulpar. Com este equipamento pretendemos avaliar a vitalidade pulpar e ultrapassar algumas dificuldades, não só dos testes de sensibilidade, que apenas avaliam o estado sensorial da polpa e não o estado vascular, mas também algumas dificuldades dos dispositivos atuais de deteção de vitalidade, cuja principal desvantagem é o custo monetário.
Materiais e métodos: Obteve‐se uma amostra por conveniência na clínica da área de medicina dentária. Tendo em conta os critérios de inclusão e exclusão definidos, selecionaram‐se 38 doentes, que resultaram em 72 medidas efetuadas com o sensor, depois de ter sido feita a avaliação da sensibilidade dos dentes por um clínico. Desta amostra resultou um grupo com 42 dentes posteriores e 30 anteriores. Na avaliação da capacidade de generalização do modelo de classificação, dividiram‐se os casos num grupo de treino (70%) e um grupo de teste com 30% dos casos.
Resultados: Sobre o grupo de treino, realizou‐se uma análise inferencial por intermédio de uma regressão logística, de forma a obter uma função de classificação dos dentes. No grupo de teste, constituído por 24 casos, obteve‐se: uma precisão de 87,5%, sensibilidade de 100% e especificidade de 75%, relativamente aos dentes anteriores; e uma precisão de 83,3%, sensibilidade de 83,3% e especificidade de 83,3%, relativamente aos dentes posteriores.
Conclusões: Apesar da leitura do sensor apresentar valores estatisticamente significativos de sensibilidade, especificidade e precisão, são necessários mais estudos, um maior aperfeiçoamento deste sensor e do seu modo de aplicação.