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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 55. Núm. S1.
Reuniões e Congressos 2014
Páginas e11-e12 (octubre 2014)
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# 24. Adesivos universais: influência da estratégia de adesão e do grau de humidade da dentina
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Virgínia Santos*, Jaime Portugal, Manuela Lopes, Luís Pires Lopes
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa; UICOB (unidade ID n°4062da FCT)
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Objetivos: Avaliar a influência da estratégia de adesão e da humidade da dentina nas forças de resistência adesiva dos adesivos universais à dentina.

Materiais e métodos: De sessenta terceiros molares foram obtidas 120 superfícies de dentina média que foram aleatoriamente distribuídas por 12 grupos experimentais de acordo com as combinações possíveis entre adesivo [Scotchbond Universal (3M ESPE); Futurabond U (VOCO) e Adhese Universal (Ivoclar Vivadent)], estratégia de adesão (etch‐and‐rinse; self‐etch) e condição da dentina (húmida; seca). Após a aplicação dos sistemas adesivos sobre a dentina, segundo recomendações do fabricante com exceção no que diz respeito à condição de humidade da dentina, foram sobre estes colocados incrementos de resina composta até perfazer 7mm de restauração. Os dentes foram secionados no eixo do x e do y de modo a obter palitos com uma secção de 0,8±0,2mm2. Os palitos foram submetidos a testes de microtração (1mm/min) até ocorrer a fratura. As observações foram registadas ao dente, atribuindo‐se a cada um a média dos valores de microtração dos palitos respetivos (n=5). Aos palitos que descolaram durante a preparação foi atribuído o valor de tensão médio entre o zero e o valor mínimo do grupo ao qual pertenciam. As fraturas foram classificadas como adesivas, coesivas ou mistas, recorrendo a um estereomicroscópio. Para avaliar a forma como o tipo de adesivo, a estratégia de adesão e a condição de humidade da dentina afeta a adesão à dentina os dados foram analisados com o teste estatístico ANOVA a 3 vias. Os dados do tipo de falha foram analisados com testes de Kruskal‐Wallis e Mann‐Whitney (alfa=0,05).

Resultados: As forças adesivas foram em média mais elevadas quando os adesivos foram aplicados na sua versão etch‐and‐rinse (29,05±8,45MPa versus 19,25±7,36MPa; p<0,001), para todos os adesivos universais em estudo. Nem o adesivo utilizado (p=0,0387) nem a condição da dentina (p=0,833) mostraram afetar de forma significativa a performance adesiva. Não foram observadas interações entre os fatores (p>0,05). O tipo de falha que foi predominante do tipo adesivo, foi influenciado pelo adesivo e pela estratégia de adesão (p<0,001), mas não pela condição da dentina (p=0,084).

Conclusões: De modo a melhorar a eficácia da adesão à dentina, os adesivos universais devem ser aplicados na sua versão etch‐and‐rinse.

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