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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 12 (diciembre 2015)
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 12 (diciembre 2015)
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# 26. Prevalência e etiologia dos retratamentos endodônticos na Clínica Dentária Egas Moniz
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1858
Inês Guerreiro*, Luís Proença, José João Mendes, Ana Cristina Azul
Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz (CiiEM); Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM)
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Objetivos: Determinar o número de retratamentos endodônticos realizados entre setembro de 2012 e maio de 2014, na Clínica Dentária Egas Moniz, e definir qual a principal etiologia que conduziu à opção terapêutica referida.

Materiais e métodos: Analisaram‐se os relatórios clínicos e radiográfico de 1.052 pacientes encaminhados para a consulta de endodontia no período de tempo estipulado, enfocando‐se, principalmente, a prevalência dos retratamentos endodônticos e as razões que levaram à sua execução. Para a avaliação dos fatores etiológicos, que conduziram ao insucesso do tratamento inicial, estudou‐se a história das lesões periapicais, sintomatologia e erros processuais (degraus, perfurações, fratura de instrumentos, canais não encontrados, má qualidade da obturação ou controlo do comprimento) e a qualidade da restauração coronária. Outros fatores avaliados incluíram o dente acometido e o género e idade do paciente. Foi efetuada uma análise estatística descritiva, com registo de frequências (absolutas e relativas), e análise inferencial (cruzamento de variáveis com o teste qui‐quadrado – p<0,05).

Resultados: A prevalência de retratamentos realizados foi de 24,4% da amostra em estudo. Relativamente à etiologia do insucesso do tratamento inicial, verificou‐se que as principais causas corresponderam a uma obturação inadequada, que não atingiu um correto comprimento de trabalho (37%) e uma dilatação insuficiente (16,3%). A associação de mais do que uma causa, tais como um comprimento de trabalho inadequado associado a uma dilatação insuficiente, também apresentou uma percentagem significativa (14,4%), enquanto as restantes causas de insucesso apresentaram percentagens residuais. O tipo de dente retratado e a causa de insucesso do tratamento inicial mostraram ser variáveis associadas (p=0,019 – teste do qui‐quadrado), sendo os dentes molares os de maior prevalência (44%), seguidos dos pré‐molares (34,7%).

Conclusões: A prevalência de retratamentos na Clínica Dentária Egas Moniz foi baixa comparativamente aos tratamentos endodônticos primários, apresentando apenas uma prevalência de 24,4% (257 casos em 1.052 indivíduos avaliados). Conclui‐se a partir do presente estudo que uma das causas mais frequentes de insucesso do tratamento endodôntico corresponde a uma obturação inadequada.

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