Objetivos: Determinar o número e tipo de acidentes endodônticos de abertura e instrumentação, ocorridos no período compreendido entre setembro de 2012 e março de 2014 na Clínica Dentária Egas Moniz, e definir qual a sua etiologia.
Materiais e métodos: Avaliou‐se o relatório clínico e radiográfico de 1.340 pacientes, encaminhados para a consulta de endodontia no período de tempo estipulado, atentando principalmente à prevalência dos acidentes endodônticos de abertura e instrumentação, ao seu tipo e os motivos pelos quais ocorreram. Para a avaliação dos fatores etiológicos que levaram à ocorrência de acidente, foram observados raios‐X, fichas de endodontia e respetivos diários clínicos. Outros fatores avaliados incluíram: o dente acometido e o género e idade do paciente.
Resultados: Observou‐se que a prevalência de acidentes endodônticos de abertura e instrumentação ocorridos foi de 10,4% da amostra em estudo. Os dentes mais afetados foram os multirradiculares (75,9%), sendo os molares os dentes onde houve uma maior prevalência de acidentes (66,9%), nomeadamente o primeiro molar mandibular (27,7%), seguido do primeiro molar maxilar (17%). De entre os casos registados, o acidente mais prevalente foi a perfuração (41%), seguido da criação de degraus (26,8%) e bloqueios (26,8%).
Conclusões: A prevalência de acidentes endodônticos de abertura e instrumentação na Clínica Dentária Egas Moniz foi de 112 casos em 1.340 indivíduos avaliados. A principal causa da sua ocorrência corresponde a erros na execução na técnica de instrumentação.