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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial # 28. Saúde oral numa população de um centro de dia de Lisboa
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 13 (diciembre 2015)
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Páginas 13 (diciembre 2015)
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# 28. Saúde oral numa população de um centro de dia de Lisboa
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Sónia Mendes*, Tania Vilela, Rita Silva, Mário Filipe Bernardo
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL)
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Objetivos: 1) Educação e motivação para a saúde oral de uma população idosa de um centro de dia de Lisboa. 2) Conhecer os hábitos relacionados com a higiene oral dos dentes, da prótese e da visita ao médico dentista; e a prevalência e gravidade de cárie na mesma população.

Materiais e métodos: As atividades foram realizadas no âmbito da disciplina de Medicina Dentária Preventiva e Comunitária da FMDUL, no centro de dia da Paróquia do Campo Grande. A motivação e educação para a saúde oral foram realizadas em 2 sessões, uma direcionada para os utentes do centro de dia e outra para os prestadores de cuidados. As ações incluíram informação sobre as principais doenças da cavidade oral e os autocuidados com os dentes e com as próteses. Foram também realizadas visitas ao domicílio para instrução e motivação dos prestadores de cuidados de pessoas acamadas. A informação sobre os hábitos relacionados com a saúde oral foi recolhida através de um questionário. Para a obtenção de dados relativos à cárie dentária foi utilizado o índice CPO (critérios da OMS). Os dados foram recolhidos por alunos do 4.° ano do curso de medicina dentária, sempre com supervisão de um docente. Foi efetuada a análise descritiva de todas as variáveis.

Resultados: Nas sessões estiveram presentes 12 prestadores de cuidados do dentro de dia e 18 utentes. Foram realizadas 5 visitas domiciliárias para instrução dos prestadores de cuidados de idosos acamados. A observação oral e o questionário foram realizados a 32 indivíduos, com idades compreendidas entre 55‐99 anos, com uma idade média de 80,6 (dp=10,3). A grande maioria dos indivíduos não visitou o médico dentista no último ano (90%). Cerca de 80% dos idosos que tinham dentes naturais referiram escová‐los diariamente. A frequência de desdentados totais foi de 50% e cerca de 53% dos indivíduos usava prótese. Apenas 2 indivíduos não realizavam a escovagem da prótese, mas a maioria (62,5%) não realizava o seu descanso. O CPOD médio encontrado foi de 27,4 (dp=7,1) e o CPOS médio foi de 120,9 (dp=40,5), sendo o componente «P» o mais importante.

Conclusões: As ações de promoção da saúde oral na população idosa são importantes, pois, de um modo geral, esta apresenta uma saúde oral bastante precária, com muitos dentes perdidos e cariados, não sendo frequente a reabilitação oral, nem as visitas ao médico dentista. Nestas ações é essencial o envolvimento dos prestadores de cuidados, pois trata‐se de uma população muito dependente para a realização das rotinas diárias.

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