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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 14 (diciembre 2015)
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 14 (diciembre 2015)
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# 30. Efeito da incorporação de clorexidina em resinas de rebasamento – Estudos de libertação
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1879
Neuza Isabel Fernandes Marcelino*, Marta Cristina Silvério Barreiros, Ana Francisca Bettencourt, Cristina Bettencourt Neves
Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa
Faculdade de Medicina Dentária, Universidade de Lisboa
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Objetivos: Avaliar a libertação de clorexidina a partir de resinas acrílicas de rebasamento, mediante diferentes composições de materiais e diferentes percentagens de incorporação de clorexidina, utilizando saliva artificial como meio de libertação.

Materiais e métodos: Foram avaliados 3 materiais: Kooliner, Ufi Gel Hard e Probase Cold. Para cada um, foi preparado um grupo de controlo e 5 grupos experimentais, nos quais 1%, 2,5%, 5%, 7,5% e 10% da massa total de pó de resina foram substituídos por clorexidina. Foi avaliado um total de 54 espécimes em forma de cilindro, que foram armazenados individualmente em frascos e cobertos por saliva artificial a pH=7. Os frascos foram, posteriormente, colocados numa incubadora e, em intervalos de tempo específicos, 900μL, foram pipetados de cada frasco para uma placa de micropoços e o mesmo volume de saliva artificial foi renovado, de modo a simular a constante renovação salivar. As amostras foram analisadas num espetrofotómetro e as absorvâncias foram convertidas em concentrações de clorexidina.

Resultados: Os resultados demonstraram que uma elevada libertação inicial foi seguida por uma libertação mais lenta e estável, que se prolongou até ao fim do período de estudo. Para além de se ter verificado que a maior libertação de clorexidina ocorreu nas primeiras 24‐48 horas de incubação, os resultados também demonstraram que a libertação de clorexidina é afetada pela diferente composição de materiais, uma vez que, para todas as percentagens de clorexidina, o Ufi Gel Hard apresentou a maior libertação do fármaco. Foi ainda verificado que a libertação de clorexidina é dependente da incorporação da mesma. A libertação cumulativa máxima foi 1,77%, o que nos indica que apenas uma pequena porção da clorexidina inicialmente incorporada foi libertada. No entanto, todos os materiais, mesmo com percentagens de incorporação baixas, apresentaram concentrações cumulativas de clorexidina superiores aos valores de concentração mínima inibitória.

Conclusões: Os resultados indicam que os sistemas de libertação controlada de clorexidina, baseados em resinas acrílicas de rebasamento, constituem uma potencial abordagem no tratamento da estomatite protética.

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