Objetivos: Avaliar comparativamente os valores médios dos espaços articulares coronais da articulação temporomandibular, numa população ortodôntica.
Materiais e métodos: A amostra foi constituída por 79 pacientes de ortodontia selecionados aleatoriamente. Definiram‐se os seguintes critérios de inclusão: pacientes com idade igual ou superior a 16 anos, ausência de história de traumatismos faciais, hiperplasias condilares ou intervenções cirúrgicas aos maxilares. A principal razão para exclusão foi a ausência ou falta de qualidade da TCFC e um deslocamento condilar vertical negativo no indicador de posição condilar. Selecionaram‐se imagens paracoronais e selecionou‐se a imagem mediana no longo eixo antero‐posterior do côndilo. Para a determinação dos espaços articulares coronais, utilizou‐se uma modificação do método de Dalili et al. Os espaços articulares avaliados foram: o espaço articular medial, o espaço articular superior e o espaço articular lateral.
Resultados: Não existem diferenças estatisticamente significativas entre as articulações esquerda e direita em nenhum dos espaços articulares avaliados. A média do espaço articular medial é igual a 2,35mm na articulação esquerda e 2,30mm na articulação direita. No espaço articular superior, as médias foram de 2,43 e 2,39mm nas articulações esquerda e direita, respetivamente. Quanto ao espaço articular lateral, a média foi igual a 1,70mm na articulação esquerda e 1,67mm na direita.
Conclusões: Não existem diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre as articulações esquerda e direita em nenhum dos espaços articulares, nem na amostra global, nem em nenhuma subamostra das classes esqueléticas. Também não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os pacientes das diferentes classes esqueléticas em nenhum dos espaços articulares, em nenhuma das articulações.