Objetivos: Avaliar o prognóstico de uma coorte de doentes tratados pela técnica de apexificação com ProRoot® MTA na clínica do Mestrado Integrado em Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Materiais e métodos: Cinquenta e nove doentes submetidos ao tratamento pela técnica de apexificação com a utilização do ProRoot® MTA entre 2002‐2013, foram contactados para uma consulta de controlo 12‐120 meses após o tratamento (média de 36,6 meses) e o sucesso do tratamento avaliado segundo critérios clínicos e radiográficos. Seguindo‐se posteriormente, à análise estatística com o recurso aos testes não paramétricos de Kruskal‐Wallis, Mann‐Whitney U, Wilcoxon, Coeficiente de Spearmann, teste exato de Fisher e ao software SPSS.
Resultados: Dos 57 dentes que reuniram os critérios de inclusão no estudo (recall rate=79,6%), 93% apresentavam sucesso clínico e 91,2% apresentavam sucesso radiográfico. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre o Índice Periapical pré‐operatório e o Índice Periapical pós‐operatório (teste de Wilcoxon (p<0,001)), indicadoras do prognóstico favorável dos dentes tratados segundo este protocolo clínico. No que concerne às variáveis secundárias, a correta colocação do plug apical de MTA evidenciou influência estatisticamente significativa na melhoria do prognóstico do tratamento (teste exato de Fisher (p<0,05)). O diagnóstico pré‐operatório não influenciou a taxa de sucesso observada.
Conclusões: Os resultados deste estudo de coorte retrospetivo suportam e corroboram a eficácia clínica da técnica de apexificação com ProRoot® MTA no tratamento de dentes com ápice aberto.