Objetivos: Estudar a influência do tempo de maturação do material de restauração e da estratégia adesiva na resistência adesiva ao ProRoot® MTA e BIODENTINE™.
Materiais e métodos: Foram preparados 180 blocos de acrílico, os quais foram preenchidos com ProRoot® MTA (n=90) ou BIODENTINE™ (n=90) e divididos em 18 grupos (n=10), consoante o tempo de maturação do material de restauração, (7 dias, 72 horas e 4 horas/12 minutos – 37°C – 100% de humidade) e a estratégia adesiva (Scotchbond™ Universal [versão etch & rinse], Scotchbond™ Universal [versão self‐etch] e Adper™ Scotchbond™ 1 XT [3M ESPE – St. Paul, EUA]). Em todos os espécimes, sobre o adesivo, foi aplicada resina composta (Grandio®SO – VOCO – Cuxhaven, Alemanha). Após 24 horas, em estufa, foram realizados testes de resistência adesiva ao corte e avaliado o tipo de falha de união. Os dados obtidos foram analisados com os testes de Mann‐Whitney e de Kruskal‐Wallis, para um nível de significância de 5%.
Resultados: O tempo de maturação influenciou a resistência adesiva ao ProRoot® MTA (p=0,007), com os valores de adesão a variarem entre 7,6MPa com maturação de 3 dias e 3,1MPa ao fim de 7 dias. No entanto, a resistência adesiva não foi influenciada pelo tempo de maturação do BIODENTINE™ (p=0,181). A estratégia adesiva influenciou a adesão, tanto ao ProRoot® MTA (p=0,014) como ao BIODENTINE™ (p=0,002). O Scotchbond™ Universal (versão self‐etch) permitiu obter os valores de adesão mais elevados ao ProRoot® MTA (7,0MPa). O Scotchbond™ Universal (versão etch & rinse) permitiu obter os valores de adesão mais elevados ao BIODENTINE™ (7,1MPa). A falha de união foi predominantemente do tipo misto e não foi influenciada por nenhum dos fatores em estudo (tempo de maturação – p=0,053; estratégia adesiva – p=0,214).
Conclusões: Diferentes estratégias adesivas resultaram em diferentes resistências adesivas nos 2 substratos estudados. O tempo de maturação do substrato apenas influenciou a resistência adesiva ao ProRoot® MTA.