Objetivos: Avaliar as possíveis alterações de microdureza do esmalte (E) e da dentina (D), após armazenamento em água destilada, azida sódica a 0,2%, cloramina T a 0,5% e timol a 0,1%.
Materiais e métodos: Foram utilizados 40 dentes hígidos, previamente extraídos por motivos ortodônticos ou doença periodontal. Após extração, procedeu‐se à remoção de restos orgânicos através da curetagem. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos (n=4) e armazenados durante 3 meses a 5°C, nas seguintes soluções: G1=água destilada (grupo controlo); G2=azida sódica a 0,2%; G3=cloramina T a 0,5%; G4=timol a 0,1%. Decorrido o prazo de armazenamento, os dentes foram submetidos ao teste de Vickers Shimadzu HSV‐30 (Shimadzu Corporation, Quioto, Japão), avaliando a microdureza do E e da D. A análise estatística foi efetuada com recurso ao teste ANOVA One‐Way e ao teste de comparação múltipla a posteriori de Tukey (p<0,05).
Resultados: As médias da microdureza do esmalte e da dentina foram, respetivamente: G1 – E (302,46) e D (62,10HV); G2 – E (315,12) e D (61,81HV); G3 – E (359,68) e D (61,62HV); G4 – E (321,82) e D (59,07HV). A análise estatística revelou que os meios de armazenamento usados neste estudo alteram, principalmente e de forma significativa, a microdureza do esmalte (p=0,030), sem influenciar significativamente a microdureza da dentina (p=0,605).
Conclusões: Este estudo demonstrou que os meios de armazenamento podem apenas alterar, de forma significativa, a microdureza do esmalte.