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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 56. Núm. S1.
Páginas 22 (diciembre 2015)
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Páginas 22 (diciembre 2015)
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# 48. Cpo(d) numa população diagnosticada com doença inflamatória intestinal em idade pediátrica
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1687
M. Ramos*, H. Antunes, Irene Pina Vaz
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto; Unidade de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição, Serviço de Pediatria, Hospital de Braga; Instit
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Objetivos: Caracterizar o estado de saúde oral de uma amostra de pacientes com diagnóstico, em idade pediátrica, de doença inflamatória intestinal (DII) e comparar com uma amostra saudável de uma escola do mesmo distrito.

Materiais e métodos: Estudo observacional descritivo, com aplicação de questionário e avaliação da cavidade oral, utilizando o índice CPO(D) em 49 pacientes, com diagnóstico de DII, em idade pediátrica, de um hospital terciário. Comparação dos dados recolhidos com uma população controlo de 26 indivíduos saudáveis. A cavidade oral foi fotografada. Utilizou‐se o teste qui‐quadrado.

Resultados: O CPO(D) médio, na DII, foi de 3,22, em pacientes com uma idade média±desvio‐padrão de 17,49±4,94 anos, contrastando com o de 5,19 nos controlos, cuja faixa etária média±desvio‐padrão foi de 17,42±0,50 anos, p=0,036. Relativamente ao número de cáries presentes no momento da avaliação, o grupo de casos apresentou uma média de 2,37 e o grupo controlo 2,92, p=0,340. Na doença de Crohn, o CPO foi 3,35 e na colite ulcerosa 2,86, p=0,627. A presença recorrente de aftas ocorreu em 20,4% na DII. Dos indivíduos doentes, 75,52% utilizavam imunossupressores. O CPO da população doente revelou‐se mais elevado quando o diagnóstico precedia os 7 anos de idade. O número de escovagens, refeições e meios auxiliares de higienização não foi descuidado na população doente. Apenas quando tem queixas, 46,9% dos pacientes recorre ao médico dentista. Na população controlo verificou‐se, igualmente, a existência de cuidados ao nível da higienização e tratamento dentário, tendo sobressaído uma maior assiduidade nas idas ao médico dentista do que a observada na população doente. Relativamente a doces, na população doente, 79,5% dos pacientes consumia regularmente alimentos açucarados, enquanto na população saudável este facto se verificava em 50% dos indivíduos.

Conclusões: A prevalência de cárie, segundo o índice CPO(D), na DII, foi significativamente inferior à registada na população controlo, ainda que os cuidados de saúde da população controlo fossem melhores e o consumo de doces na população doente fosse maior. Não existiram diferenças significativas entre o tipo de doença inflamatória intestinal e o índice cariogénico do indivíduo. O diagnóstico da DII antes dos 7 anos de idade poderá ser importante para evitar o aparecimento de cáries.

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