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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 55. Núm. S1.
Reuniões e Congressos 2014
Páginas e47 (octubre 2014)
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Reuniões e Congressos 2014
Páginas e47 (octubre 2014)
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# 5. Tumor odontogénico queratinizante: diagnóstico diferencial – caso clínico
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Teresa Souto, Maria Cristina Azevedo, Dominique Stefanie Praxl, Irene Pina Vaz
FMDUP
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Introdução: O tumor odontogénico queratinizante, anteriormente designado queratoquisto, não sendo dos quistos maxilares mais frequentes, tem suscitado grande interesse devido ao seu comportamento clínico agressivo e elevada taxa de recidiva (30%).

Caso clínico: É apresentado um caso clínico de uma paciente, de 61 anos de idade, com uma tumefação intraoral na região vestibular dos dentes 14, 15 e 16, e fístula entre os dentes 14 e 15. Tendo sido medicada e melhorado um pouco, a tumefação voltou a aumentar, associada a sintomatologia dolorosa, tendo sido prescrita nova medicação antimicrobiana. Na radiografia periapical observa‐se uma lesão radiolúcida, em forma de gota, com margens radiopacas bem definidas, e separação das raízes dos dentes 14 e 15. Na TAC é visível uma lesão com dimensão de 15mm que se estende até ao pavimento do seio maxilar. Os dentes 15 e 16, com restaurações profundas, apresentaram testes de sensibilidade térmicos negativos e testes de cavidade positivos. O diagnóstico de lesão de origem endodôntica foi excluído. Foi proposta a cirurgia para enucleação da presumível lesão cística e exame anatomo‐patológico. Previamente, foi indicada a realização de tratamento endodôntico dos dentes 15 e 16. O resultado histológico revelou um tumor odontogénico queratinizante. É apresentado controlo radiográfico após 4 meses.

Discussão e conclusões: Os tumores odontogénicos queratinizantes ocorrem na mandíbula em 65% dos casos, e apenas em 2% na zona dos pré‐molares no maxilar superior, como aconteceu no caso descrito. Além disso, o género masculino e idades compreendidas entre os 10 e 40 anos também são mais afetados, pelo que, as características da paciente em causa não estão dentro dos padrões mais comuns descritos na literatura. A maioria das recidivas surgem 5 anos após a cirurgia, pelo que é aconselhado um acompanhamento clínico e radiológico por períodos prolongados. As provas de sensibilidade dos dentes envolvidos foram fundamentais na exclusão de lesão de origem endodôntica. O diagnóstico definitivo de tumor odontogénico queratinizante só foi possível pelo exame‐anatomo‐patológico. Apesar da alta taxa de recidiva, o prognóstico do tratamento é bom, não comprometendo a saúde geral nem limitando a vida do paciente.

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