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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 55. Núm. S1.
Reuniões e Congressos 2014
Páginas e32 (octubre 2014)
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Reuniões e Congressos 2014
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# 70. Estudo retrospetivo do desempenho clínico de próteses parciais removíveis de extremo livre
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José Paiva*, Ana Messias, Fernando Guerra, Pedro Nicolau
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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Objetivos: Avaliar o desempenho clínico de próteses parciais removíveis (PPR) de sela distal livre (Classe I de Kennedy) em pacientes reabilitados entre 2006 e 2013 na área da Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Estabelecer um modelo preditivo da perda óssea nas áreas sob a sela.

Materiais e métodos: Para o estudo foram incluídos doentes reabilitados com próteses parciais removíveis de extremo livre bilateral na Área de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra entre os anos de 2006 e 2013. Os pacientes foram submetidos a avaliação clínica em consulta de controlo, tendo‐se procedido à caraterização e classificação das estruturas de suporte, bem como do dispositivo protético. Foram feitas medições verticais do rebordo residual em ortopantomografias pré‐reabilitação e de controlo por forma a determinar a perda óssea nas áreas desdentadas. Foi ainda solicitado o preenchimento de um inquérito de satisfação para portadores de prótese parcial removível.

Resultados: Sessenta pacientes foram incluídos no estudo. Fracassos ao nível do dente pilar foram detetados em 27.5% dos casos. A nível protético, perda de retenção foi identificada como o fracasso mais prevalente (50,8%). Foi encontrada deformação do conetor maior em 23.3% dos casos, estatisticamente associada a barras linguais (p=0,046), não inviabilizando porém o uso da prótese. Foram verificadas reduções significativas das alturas verticais rebordo residual ao nível do dente pilar (0,55±2,06, p=0.02) e região molar (0,42±0,86mm, p<0.001). A perda óssea determinada na região molar na amostra respeitou o modelo: ‐1,014 0,498*(extensão área de Fish) 0,493*(tecido do corpo periforme)‐0.424*(qualidade do rebordo residual). Sendo a impactação alimentar a queixa mais frequente, a amostra revelou‐se globalmente satisfeita.

Conclusões: A anatomia das áreas de suporte primário e o desenho protético são fatores a ter em conta na previsão da reabsorção do rebordo residual em portadores de prótese parcial removível de extremo livre.

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