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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 1-2 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 1-2 (diciembre 2016)
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#002. Tratamento endodôntico conservador de um dens invaginatus – caso clínico
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Cláudia Rodrigues, José António Capelas, Irene Pina Vaz, Joana Barros*, Marques Ferreira
UCP, FMUC, FMDUP
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Introdução: Dens invaginatus é uma malformação na anatomia dentária que resulta de uma perturbação do desenvolvimento, ocorrendo uma invaginação da coroa antes da mineralização biológica. Como consequência, o dente apresenta uma anatomia atípica e complexa que representa um desafio para o clínico, particularmente nos casos de periodontite apical associada e ápice aberto, como o caso clínico apresentado.

Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, 12 anos, referenciado para a clínica da FMDUP, com trajeto fistuloso associada ao dente 34, com episódios periódicos de agudização, apresentando nesses períodos sinais e sintomas locais e sistémicos. O exame imagiológico, rx intraoral e tomografia axial de feixe cónico (CBCT), confirmou o diagnóstico de dens invaginatus com periodontite apical e ápice aberto. Após abertura da cavidade de acesso e pesquisa dos canais, verificou‐se a existência de 2 orifícios de entrada nos canais, um dos quais apresentava polpa viva e com ápice aberto, e o outro (correspondente à invaginação) com polpa necrosada. Optou‐se por realizar uma proteção pulpar direta no canal com polpa viva e tratamento endodôntico no canal invaginado, e posterior controlo periódico para confirmar o encerramento. Após 18 meses de follow‐up, o paciente encontra‐se assintomático e os exames imagiológicos confirmaram a cura da periodontite apical e a continuação do processo de formação do ápice radicular.

Discussão e conclusões: O caso clínico descrito pode ser classificado como um dens invaginatus tipo II de Oehlers – invaginação ao longo da raiz do dente, para além da junção esmalte‐cimento, terminando em «fundo de saco», não atingindo os tecidos periapicais. Apesar da ausência de cárie detetável ou infeção retrógrada, o dente apresentava um canal infetado e uma extensa lesão periapical. A formação radicular incompleta dificultou ainda mais o tratamento. Contudo, a opção conservadora foi adequada, devendo sempre ser considerada e sendo muitas vezes suficiente para um bom resultado terapêutico.

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