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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 14 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 14 (diciembre 2016)
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#033. Reabilitação com implante unitário de um incisivo central maxilar – caso clínico
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Francisco Correia*, Ricardo Faria Almeida
Faculdade de Medicina Dentária, Universidade do Porto
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Introdução: A reabilitação oral com implantes dentários é uma forma eficaz, cientificamente comprovada e previsível para substituir os dentes perdidos. A fim de alcançar o sucesso da reabilitação e um resultado estético em todos os aspetos, precisamos ter certeza sobre o volume ósseo (vertical e horizontal) e o tecido mole disponível para garantir uma colocação 3D perfeita do implante, obtendo um resultado estético. Quando o osso é insuficiente, é necessário recuperar o volume ósseo adequado antes ou durante a colocação do implante. A regeneração óssea guiada combinada com enxerto ósseo e membrana, comparada com a utilização apenas de membrana ou enxerto ósseo, é a forma mais previsível de se conseguir melhores resultados em termos de quantidade e qualidade do osso regenerado. O objetivo deste caso clínico é mostrar o resultado da colocação de implante, com regeneração óssea simultânea na zona estética ao fim de 2 anos.

Descrição do caso clínico: Paciente de 19 anos, do sexo masculino, não fumador e sem doenças sistémicas, com o dente 11 perdido devido a uma fratura vertical associada com um trauma aos 17 anos. Após o descolamento, todo o tecido de granulação foi removido, colocou‐se o implante (Astra® OsseoSpeed 4×11mm) e o defeito ósseo foi preenchido com xenoenxerto e recoberto com uma membrana de colagénio. Após 3 meses, foi colocada uma coroa provisória durante 4 meses, antes da colocação da coroa final. Atualmente apresenta um seguimento de 24 meses.

Discussão e conclusões: A exodontia de um dente leva a mudanças ósseas horizontais e verticais que podem limitar a colocação de um implante na posição 3D ideal, comprometer os futuros resultados e a estética. Seis meses após uma exodontia, o volume ósseo diminui horizontalmente entre os 29‐63% e verticalmente entre os 11‐22%. Devido às deficiências na crista óssea alveolar, foi necessário reconstruir a arquitetura óssea (xenoenxerto e membrana de colagénio), de acordo com os princípios descritos por Melcher, de forma a colocar o implante na posição 3D ideal e proporcionar uma estabilidade dos tecidos no tempo. A coroa provisória é importante para modelar o perfil de emergência e comprovar a estabilidade tecidos antes da colocação da coroa final. Aos 2 anos de follow‐up, a estabilidade dos tecidos duros e moles é observada. A regeneração óssea guiada é um procedimento previsível que permite recuperar o osso vestibular, melhorar e estabilizar a forma dos tecidos duros e moles em torno da coroa.

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