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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #032. Restauração dentoalveolar imediata – caso clínico
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 13-14 (diciembre 2016)
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#032. Restauração dentoalveolar imediata – caso clínico
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Miguel de Melo Costa
Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal
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Introdução: Um dos problemas com que nos deparamos diariamente na colocação de implantes pós‐extração na zona estética é a restauração provisória. A técnica descrita por José Carlos Rosa permite fazer em apenas um tempo clínico a colocação do implante, a regeneração do alvéolo e a restauração provisória implantossuportada.

Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 57 anos, dente 21 com mobilidade grau 3 consequência de um traumatismo. Após uma avaliação cuidada foi proposta a reabilitação com um implante e coroa cerâmica. Como se tratava de um alvéolo tipo II (classificação de Elian 2007), era necessário regenerar a tábua óssea vestibular no terço médio e cervical. Posteriormente à colocação do implante foi utilizado um enxerto triplo (osso esponjoso, osso cortical e tecido conjuntivo subepitelial), colhido da zona da tuberosidade do 1.° quadrante em vestibular do implante, de forma a reconstruir o volume do alvéolo. Apesar do valor do ISQ (68) e do torque de inserção (30Ncm) não serem altos, optou‐se por fazer uma coroa provisória implantossuportada. Depois de adaptada a forma, o enxerto foi fixado apenas por um ponto simples em vestibular e pela coroa provisória em coronal. O pós‐operatório decorreu com toda a normalidade, tendo a paciente sido medicada apenas com uma associação de amoxicilina com ácido clavulânico (875mg 125mg; um comp. de 12/12h durante 8 dias), ibuprofeno (600mg de 8/8h) e clorhexidina (0,12% 3x por dia) durante 15 dias. Ao fim de 5 meses, foi colocada a coroa definitiva em cerâmica (dissilicato de lítio) sobre um pilar personalizado.

Discussão e conclusões: A técnica de restauração dentoalveolar imediata encontra‐se bem descrita na literatura e é uma alternativa viável não só para a preservação de alvéolos, como para a reconstrução dos mesmos. Permite encurtar o tempo de tratamento em muitos meses e o número de cirurgias necessárias. Radiologicamente, podemos verificar que há um volume ósseo bastante aceitável e clinicamente o resultado estético final é excelente, permitindo a preservação do contorno, volume e cor iniciais sem qualquer cicatriz visível. Neste caso, o follow‐up é curto (6 meses), mas espera‐se uma evolução favorável. A restauração dentoalveolar imediata é uma opção que, apesar de tecnicamente exigente, permite um resultado final excelente, encurtando o tempo de tratamento e o número de cirurgias.

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