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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #045. Colheita salivar não estimulada em crianças: estudo piloto
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 18 (diciembre 2016)
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Páginas 18 (diciembre 2016)
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#045. Colheita salivar não estimulada em crianças: estudo piloto
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Fernando Miguel Santos*, Joana Leonor Pereira, Daniela Santos Soares, Sara Rosa, Maria Teresa Xavier, Ana Luísa Costa
Área de Medicina Dentária, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
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Objetivos A saliva é constituída por biomoléculas de fontes sistémicas distintas, ponderando‐se que a sua composição, sobretudo no que se refere à saliva não estimulada, possa refletir a homeostase corporal. Tem‐se revelado uma fonte de informação clínica no âmbito de doenças sistémicas e orais, sendo a sua colheita simples, segura e não invasiva comparativamente a outros biofluidos. Apesar da reconhecida utilidade diagnóstica em crianças, por vezes a sua colheita constitui um procedimento desafiante. Com este trabalho os autores pretendem ilustrar diferentes métodos de colheita de saliva não estimulada em crianças, sublinhando as potenciais vantagens e desvantagens da sua aplicação clínica, efetuando ainda uma avaliação sumária concomitante do volume e pH salivares.

Materiais e métodos: Colheram‐se 19 amostras de saliva não estimulada em crianças de 4 anos, através dos métodos: salivação passiva, colheita com tubo coletor Saliva Collection Aid® (Salimetrics, State College, PA, Estados Unidos da América [EUA]), com dispositivos absorventes Salivette® (Sarstedt, Newton, NC, EUA) e SalivaBio's Children's Swab® (Salimetrics, State College, PA, EUA), cumprindo os requisitos técnicos e éticos. Procedeu‐se à medição do volume de cada amostra e a determinação do pH foi realizada com o kit Saliva‐Check Buffer (GC America, Inc., Alsip, Il, EUA).

Resultados: A salivação passiva permitiu a colheita de um volume superior de saliva, embora nem todos os participantes tenham colaborado. O SalivaBio's Children's Swab® permitiu colher amostras de volume superior às obtidas com o Salivette®. Na generalidade, os dispositivos absorventes proporcionaram algumas vantagens relativamente à colaboração das crianças. Os valores de pH foram idênticos, com ligeira tendência acídica para as amostras colhidas com o Salivette®.

Conclusões: Apesar de múltiplas linhas de investigação atuais explorarem as potencialidades da saliva não estimulada na monitorização de patologias, são escassos os estudos comparativos de métodos de colheita, sendo desejáveis estudos que permitam uma opção metodológica válida, fiável e reprodutível. Dos dispositivos disponíveis, embora os «absorventes» pareçam proporcionar algumas vantagens, permanece ainda por aferir a sua adequação às tecnologias analíticas emergentes.

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