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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 22 (diciembre 2016)
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 22 (diciembre 2016)
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#054. Volume das vias aéreas superiores nas más oclusões esqueléticas sagitais
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Luisa Maló*, Bárbara Filipa Costa Gomes, Inês Alexandre Neves Francisco, Francisco Fernandes do Vale
FMUC
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Objetivos: Este estudo pretendeu determinar, através da análise de tomografias computorizadas de feixe cónico, se numa dada população portuguesa existiriam diferenças no volume das vias aéreas superiores de indivíduos com diferentes más oclusões esqueléticas sagitais.

Materiais e métodos: A amostra foi constituída por 29 pacientes (14‐22 anos). A análise das vias aéreas superiores foi realizada em tomografias computorizadas de feixe cónico, utilizando técnicas de medição predefinidas mais precisas e eficazes. Na análise estatística recorreu‐se a estatísticas de tendência central. Para verificar a possível existência de uma regressão linear entre o volume e os ângulos medidos, realizou‐se uma regressão multilinear, tendo‐se verificado todos os pressupostos relativos aos resíduos do modelo de regressão e a possível existência de multicolinearidade por análise do valor de tolerância. Realizou‐se também uma regressão multilinear entre a área e os ângulos medidos. Compararam‐se os volumes e áreas obtidos nos 2 géneros com recurso ao t‐Student de amostras independentes, após se ter verificado o pressuposto de normalidade pelo teste de Shapiro‐Wilk.

Resultados: Apenas o <SNA apresentou significância estatística, no que diz respeito quer ao volume (p=0,025) (coeficiente de regressão B=‐0,683) quer à área de secção mínima (p=0,034) (coeficiente de regressão B=‐5,076). Nas classes I e III esqueléticas a área de maior constrição encontrava‐se ao nível da hipofaringe, enquanto nas classes III esta encontrava‐se ao nível da orofaringe. Os indivíduos do género masculino apresentaram em média um maior volume das vias aéreas superiores, não existindo, no entanto, diferenças entre os géneros em relação à área mínima de secção transversal.

Conclusões: Este estudo demonstrou que, nesta população portuguesa, a relação esquelética sagital entre o maxilar e a mandíbula não tem grande influência no volume e na área de secção mínima das vias aéreas superiores. No entanto, dado que os indivíduos com maior avanço maxilar são aqueles que apresentam menor volume e área de secção mínima, o delineamento do plano de tratamento ortodôntico ou ortodôntico‐cirúrgico combinado deverá evitar movimentos esqueléticos que se traduzam na diminuição iatrogénica destas estruturas.

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