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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #069. Comportamentos alimentares e saúde oral em voleibolistas
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 28-29 (diciembre 2016)
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#069. Comportamentos alimentares e saúde oral em voleibolistas
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Carla Rocha*, Raquel Silva, José Frias Bulhosa
Universidade Fernando Pessoa
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Objetivos: A saúde oral em atletas é parte essencial para a saúde geral, sendo um fator determinante para a qualidade de vida e desempenho desportivo. Logo, um bom estado de saúde só existirá se a cavidade oral se encontra ausente de patologias. Os desequilíbrios nutricionais possuem efeitos sobre a cavidade oral, condicionando assim a qualidade de vida e desempenho do atleta. Desta forma, o excesso de ingestão de alguns alimentos pode ser fator de risco para a saúde, tendo em conta que a etiologia da cárie dentária está relacionada com a ação de micro‐organismos orais que produzem ácidos orgânicos, a partir do metabolismo dos hidratos de carbono. O objetivo deste estudo foi avaliar a saúde oral, bem como os hábitos alimentares e o uso de protetores bucais durante a prática desportiva.

Materiais e métodos: Foram observados 55 atletas de voleibol entre 15‐18 anos, de ambos os géneros, do clube de voleibol Academia José Moreira e Leixões. Tratou‐se de um estudo transversal, no qual foi realizado exame clínico intraoral (índice de cárie CPOD, índice de erosão dentária BEWE) e preenchimento de questionário, em que os indivíduos foram caracterizados em 5 componentes: dados sociodemográficos (idade, peso e estatura), dados sobre perceção de saúde, dados sobre comportamentos de saúde oral, dados sobre prática desportiva e dados sobre comportamentos alimentares (questionário semiquantitativo de frequência alimentar). A análise estatística descritiva e inferencial dos dados recolhidos foi realizada com o auxílio do programa informático SPSS, versão 23.0.

Resultados: Os hábitos de saúde oral não são os mais adequados e a percentagem de atletas que visita o médico dentista é elevada para «só quando tem dores» ou «ocasionalmente». A média do CPOD geral foi de 4,22±4,55. Não houve diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre o CPOD geral e o IMC. Nenhum dos atletas usa protetor bucal durante prática desportiva. Os alimentos mais consumidos foram a carne, fruta, leite, peixe, biscoitos, bolos e bolachas, e os menos consumidos foram as bebidas alcoólicas, mel ou compotas e café.

Conclusões: Os hábitos de higiene oral são um melhor indicador do que o IMC para a presença de cárie. Não há relação direta entre índice CPOD e IMC. Seria importante prestar mais informação sobre vantagens do uso de protetores bucais junto dos atletas e treinadores, bem como esclarecer que a consistência e as propriedades sensoriais ligadas à textura e à consistência dos alimentos na superfície dentária interferem com a cárie.

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