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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Inicio Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial #100. Saúde e reabilitação oral no idoso institucionalizado
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Vol. 57. Núm. S1.
Páginas 41 (diciembre 2016)
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Páginas 41 (diciembre 2016)
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#100. Saúde e reabilitação oral no idoso institucionalizado
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Nélio Veiga, Liliany Diniz*, Carina Coelho, Paulo Melo, André Correia
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Católica Portuguesa
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Objetivos: A terceira idade caracteriza‐se, muitas vezes, por alguma limitação ou dependência, com perda de algumas capacidades e ganho de condições ou patologias inerentes à idade. Esta faixa etária é caracterizada, na generalidade, por limitações graves ao nível dos cuidados de saúde oral, seja por falta de conhecimento ou perceção da necessidade, ou pela existência de obstáculos financeiros, físicos, mentais, entre outros que impedem o idoso de aceder a um especialista de saúde oral. Este estudo pretende avaliar os comportamentos de saúde oral, bem como a prevalência de doenças orais e o nível de reabilitação oral numa amostra de idosos institucionalizados.

Materiais e métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal. Nesta investigação recorreu‐se ao método de amostragem não probabilística, por conveniência. A amostra final de 118 idosos (76,3% do género feminino) provém dos lares de Viscondessa São Caetano, Dona Leonor e da Fundação Mariana Seixas, em Viseu, e da Fundação Mário da Cunha Brito, em Arganil. Para a recolha de dados foi aplicado um questionário com variáveis sociodemográficas, saúde geral, saúde oral e hábitos nutricionais. De modo a avaliar o estado de saúde oral e nível de reabilitação oral dos idosos, realizou‐se uma observação intraoral.

Resultados: No presente estudo, 58,8% apresentaram edentulismo total, com nenhum dente natural na cavidade oral e 66,7% tinham uma prótese removível. Apenas 44,1% referem realizar a higiene oral/protética diariamente, pelo menos 2 vezes por dia. Da amostra total, 29,0% referem ter dor dentária, 58,1% referem boca seca e 67,7% referem dificuldades na mastigação, mesmo no caso de ter uma prótese removível. O nível de escolaridade dos idosos foi associado com dor dentária (p=0,012) e higiene oral/protética (p=0,034). Verificou‐se que os auxiliares do centro de dia ou lar são o principal prestador de cuidados (59,6%).

Conclusões: Este estudo pretende esclarecer os profissionais de saúde e os auxiliares geriátricos sobre os principais problemas orais existentes na população geriátrica. Assim, os profissionais poderão auxiliar o idoso na preservação da função mastigatória e melhorar a qualidade de vida do idoso. Assim, para combater a saúde oral precária associada aos idosos institucionalizados, é necessária a implementação de diretivas e estratégias adequadas às falhas ainda existentes na saúde oral direcionada ao idoso.

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